A vida é um mistério, não é um negócio. Se assim fosse os ricos compravam a saúde e morriam muito tarde, o mais tarde possível. Acabo de folhear o livro «O firmamento é negro e não azul», de António Cândido Franco (n.1956) sobre a vida de Luiz Pacheco e na página 515 é referida a entrevista publicada em O MIRANTE de 9-12-1998 com o título de «O Herberto leu-me Os passos em Volta nas Portas do Sol».
Estamos em 2023 e passaram já 24 anos mas o tempo nada apagou; antes deu mais relevo à página do nosso Jornal. Quando em 1978 dei os primeiros passos no Diário Popular ouvi Jacinto Baptista dizer «O jornal é o livro de todos os dias». Se fosse preciso fazer, aqui está feita a prova dos nove. Neste caso se prova que o Jornalismo é uma disciplina da Literatura.
Conheci Luiz Pacheco em 1967, fui o assinante nº 186 da sua Editora Contraponto. Nasceu em 1925, morreu em 2008 mas só no Registo Civil. A posteridade já o recebeu e O MIRANTE está presente.
José do Carmo Francisco