Núcleo "Rasgo" convida Santarém a expressar a sua criatividade e veia artística
Cinco jovens compõem o núcleo “Rasgo” que convida a população à experimentação artística no Centro Cultural Regional de Santarém.
O núcleo “Rasgo”, do Centro Cultural Regional de Santarém (CCRS), pretende promover a interdisciplinaridade artística realizando, mensalmente, oficinas abertas à população que convidam à experimentação. A iniciativa é de um grupo de jovens que integram a associação Waves of Youth, criada em 2020 por antigos alunos do curso de cinema documental da Escola Superior de Tecnologia de Abrantes, do Instituto Politécnico de Tomar. O projecto foi desenvolvido para a Comunidade Intermunicipal da Lezíria do Tejo (CIMLT), sendo que em 2021 desenvolveram 11 residências artísticas com jovens, em cada um dos concelhos da região. De seguida, surgiu o convite para se instalarem no edifício que o CCRS ocupa no centro histórico de Santarém, depois de uma passagem pela Incubadora d’Artes criada pela Câmara de Santarém numa antiga escola primária. Actualmente, e depois de várias experiências e desafios ultrapassados, o grupo já pode candidatar-se a apoios e manter uma actividade regular.
Neste momento, a Waves of Youth está a produzir um filme sobre uma empresa de ‘skaters’, modalidade que praticaram e de que sentem próximos. No regresso do Festival Internacional de Cinema de Santarém (FICS), que vai decorrer de 24 a 28 de Maio, a associação vai mostrar três filmes, os documentários realizados no âmbito do programa “Caminhos”, da Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo, em Constância, Sardoal e Pego, em Abrantes. Em Junho, nos dias 17 e 18, os 11 documentários realizados na Lezíria vão ser mostrados no Teatro Sá da Bandeira, em Santarém, oportunidade para uma “reflexão” sobre o trabalho desenvolvido com os jovens no território.
No “Rasgo”, a associação quer mostrar que não faz só cinema e está suscetível a outro tipo de linguagem, referem os responsáveis. No núcleo, dinamizado por cinco elementos, cruzam-se o vídeo e o cinema (Miguel Canaverde), o som e a música (Pedro Mourinha), o design gráfico (Afonso Calixto), a fotografia e a escrita criativa (Luís Calixto), e a ilustração (Afonso Prata, “Tendão de Aquiles”).