Cultura | 13-08-2023 18:00

Futuro da vila de Marinhais depende da vontade da sua juventude em trabalhar para a comunidade

Futuro da vila de Marinhais depende da vontade da sua juventude em trabalhar para a comunidade
Elementos da comissão de festas de Marinhais durante missa solene na Capela de São Miguel. fotoDR

As Festas em Honra de São Miguel Arcanjo 2023, em Marinhais, foram organizadas por três dezenas de jovens.

A vontade de fazerem mais pela vila do concelho de Salvaterra de Magos tem proporcionado vários projectos que pretendem colocar a terra no mapa e dinamizar a população.

Danilo Santos e Ricardo Pilré são amigos, colegas de trabalho e estiveram à frente da Comissão de Festas 2023 em Honra de São Miguel Arcanjo, em Marinhais, no concelho de Salvaterra de Magos. Ambos trabalham em Marinhais e defendem que há futuro na vila, basta que para isso os jovens tenham força de vontade e queiram ficar. O exemplo que dão é o da comissão de festas, constituída por 34 jovens dos 25 aos 30 anos, que durante um mês e meio, e um pouco ao longo do ano, trabalharam para proporcionar à população momentos de alegria e entretenimento. O MIRANTE conversou com o juiz e vice-juiz do certame, ambos com 28 anos, poucas horas antes da festa começar.
Danilo Santos explica que integrou a Comissão de Festas de 2017 com Ricardo Pilré e que o facto de ter sido uma experiência enriquecedora os fez querer voltar a pertencer à organização da maior festa da vila. A responsabilidade aumentou quando souberam que iam liderar a equipa. “Quando estamos numa comissão olhamos para a festa de maneira diferente porque requer responsabilidade. Não podemos vir com o intuito de apenas gozar a festa, fazemo-la para os outros se divertirem”, confessa Danilo Santos. Ricardo Pilré, vice-juiz, afirma que o objectivo da comissão é inovar nos eventos, como o Marinhais Music Fest. No entanto, lamenta que a população do concelho e de concelhos vizinhos não tenha aderido conforme esperavam. O festival organizado pela comissão realizou-se em Maio deste ano e teve concertos de afrohouse, música electrónica, funk e ska. O primeiro lote de bilhetes esgotou em pouco mais de cinco minutos e a esperança era encher o recinto com capacidade para quatro mil pessoas, como confessaram a O MIRANTE em Fevereiro deste ano. A adesão ficou por menos de metade, contando-se 1.700 espectadores sendo que a maioria veio de fora. Ricardo Pilré lamenta que o festival não tenha atraído outras faixas etárias além dos jovens. “Para haver coisas novas a população tem de aderir. As pessoas agarram-se ao passado e têm medo da mudança”, desabafa.
O vice-juiz apela aos jovens para que façam parte das próximas comissões de festas e ajudem a lutar pela mudança de mentalidades: “todos temos o nosso trabalho e conseguimos realizar todos os eventos programados e a festa. É só ter vontade. Não vamos deixar morrer as nossas tradições”, vinca.

Novas obras no recinto

Danilo Santos conta a O MIRANTE que a comissão de 2023 decidiu fazer obras antes das festas começarem para poderem usufruir durante o evento, ao contrário das anteriores comissões que procederam às obras depois das festas terminarem, refere. A comissão partiu do zero uma vez que o dinheiro angariado pela anterior comissão foi doado aos bombeiros do concelho. Os diversos eventos e a adesão aos peditórios permitiram colocar cimento no chão e renovar o bar do recinto de festas.

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