Cultura | 03-09-2023 21:00

Alpiagra é uma montra para comerciantes chegarem a mais clientes

Alpiagra é uma montra para comerciantes chegarem a mais clientes
Humberto Cabral aventurou-se há dois anos no mundo dos vinhos. Marta e Joaquim Esperança gerem juntos o Cantinho da Martinha. Empresária Ana Catroga é presença assídua na Alpiagra. Luísa Paciência produz vinhos há várias décadas

Uns produzem vinhos, outros frutas e legumes e há também quem se dedique ao artesanato. O negócio não corre mal, embora os empresários reconheçam que os portugueses têm menos poder de compra. A Alpiagra, que terminou a 27 de Agosto, foi uma boa montra para darem a conhecer o seu negócio ao máximo de pessoas possível.

Ana e Alcides Catroga começaram a namorar aos 12 anos e desde essa altura que deram continuidade ao trabalho da família na agricultura. Casaram e continuaram sempre a trabalhar no campo. Naturais de Paço dos Negros, concelho de Almeirim, abriram a empresa familiar há 22 anos que funciona na Zona Industrial de Alpiarça. Costumam participar todos os anos na Alpiagra e este ano não foi excepção. Ana Catroga conta a O MIRANTE que produzem melão, melancia, abóbora, cebolas, batatas, bróculos, entre outros. Possuem 700 hectares de terreno e vão rodando as culturas ao longo do ano. A empresária explica que o negócio está ligeiramente mais fraco, uma vez que o preço dos materiais subiu e continuam a vender os produtos ao mesmo tempo. Ana Catroga explica que a sua empresa trabalha com vários hipermercados e isso dá-lhes uma segurança maior porque sabem que têm a produção sempre comprada. Batatas e cebolas é o que se vende melhor e na altura do morango, o fruto é o rei das vendas. Na empresa trabalha também o filho e a nora do casal. Também exportam para vários países da Europa e já representa uma boa fatia no orçamento da empresa. Ana Catroga refere que estar representado numa feira como a Alpiagra é importante para dar a conhecer a empresa a mais pessoas.
Em frente ao espaço de Ana Catrola está a empresa de vinhos “Canto do Marquês”, propriedade de Humberto Cabral. Mecânico de profissão, há cerca de dois anos aventurou-se no mundo dos vinhos. Possui 20 hectares para produção e é Humberto Cabral que cuida da vinha, faz a poda e a vindima. As uvas são pisadas em lagares tradicionais e é tudo feito nos tempos livres porque, explica, não quer deixar a mecânica que foi a sua primeira profissão e uma das suas grandes paixões. No stand ao lado, a Casa Paciência faz vinhos há várias décadas. Luísa Paciência explica a O MIRANTE que tem notado um decréscimo na compra. Na sua opinião deve-se às muitas despesas que as pessoas têm e o vinho não é um bem essencial. A empresária refere que, com a pandemia, conseguiram aumentar as exportações em cerca de 40%. “Com a exportação conseguimos aplicar outros preços uma vez que o poder de compra é maior no estrangeiro”, sublinha.

Cantinho da Martinha começou como brincadeira
No pavilhão do artesanato está “O Cantinho da Martinha”. Marta e Joaquim Esperança são de Azambuja e participam na Alpiagra há dois anos. O Cantinho da Martinha nasceu há cerca de 13 anos por brincadeira. Auxiliar de acção educativa, Marta Esperança trabalha num infantário. “Sei coser desde criança. Eu é que fazia as roupas para as minhas bonecas e sempre gostei de o fazer. Com os meninos correu muito bem e os amigos começaram a desafiar para começar a fazer mais coisas”, recorda. Começou por fazer bolsas e vender a amigos, mas há cerca de três anos adquiriram uma máquina de bordar e começaram a frequentar feiras por toda a região. Entretanto o marido despediu-se do seu emprego de camionista e começou a ajudar. Fez formações e hoje sabe fazer os desenhos que os clientes pedem no computador e que depois são reproduzidos na máquina de bordar. Os serviços que realizam envolvem utensílios para bebés, estampagens, pins, garrafas de água personalizadas com o nome, bordados, malas de praia, t-shirts para homem e senhora. Com uma fotografia conseguem transferir a imagem para azulejo ou canecas, por exemplo. O casal tem um ateliê em casa onde fazem todos os trabalhos. As redes sociais e o boca-a-boca têm sido as melhores formas de conseguir mais clientes. Marta Esperança confessa que só lhe falta coragem para deixar o trabalho no infantário, que adora, para se dedicar em exclusivo ao seu Cantinho.

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