Museu Diocesano de Santarém celebrou aniversário ao som da guitarra portuguesa
O nono aniversário do Museu Diocesano de Santarém foi comemorado no cimo da Torre Medieval, em Santarém, num final de tarde de festa ao som da guitarra portuguesa de Ricardo Gama Marques.
O Museu Diocesano de Santarém, situado num edifício contíguo à Sé de Santarém, celebrou no dia 12 de Setembro o seu nono aniversário, numa tarde de comemoração onde estiveram presentes vários visitantes, o Bispo da Diocese de Santarém, D. José Traquina e o vereador Nuno Domingos. As iniciativas culturais próprias, tais como os espectáculos de música ou outras actividades ligadas a datas comemorativas e à gastronomia da região, servem, segundo o bispo, para manter o museu vivo e dinâmico. O espaço, no panorama dos valores patrimoniais da cidade de Santarém, não surge como caso isolado, refere o bispo. Seja a história, a gastronomia ou ainda a natureza, há muitos aspectos que tornam a região apetecível para os turistas que tenham interesse em conhecer Portugal.
As salas do Museu Diocesano são temáticas. “A nossa escolha em termos de exposição foi contar histórias”, afirma Alexandra Xisto, técnica responsável do Museu Diocesano que orientou a visita ao museu na data do seu aniversário. A técnica afirma que as salas do espaço genérico do museu, presente no rés-do-chão, são: a sala da Mulher Bela, que na sua essência é Maria, a Imaculada Conceição e padroeira da Diocese de Santarém e em torno da qual se criou o Museu; a sala do silêncio à luz, “que nos fala dos momentos de silêncio e da paixão de Cristo”; e finalmente a sala à luz com a Ressurreição, “dedicada aos vários mártires que vão dando testemunho da sua fé”, explica a técnica.
O Corredor Nobre, de acordo com Alexandra Xisto, não faz parte do percurso habitual do museu, sendo apenas acessível em “épocas especiais ou com visita acompanhada”, tal como a Torre Medieval. Este corredor possui também divisões com bancos de contemplação e janelas, que serviam de repouso e de local de observação para o exterior por parte da corte. Além deste espaço também faz parte do museu, na sua forma mais lata, o Refeitório dos Jesuítas.
Conservação da arte sacra
é prioridade
Como as peças que estão em exposição no museu têm vários séculos e histórias para contar, a lógica que a instituição preserva é de “conservação e restauro e não de requinte”. Há necessidade de respeitar a história de cada uma das peças. A maior parte foi restaurada por empresas externas com “cadernos de encargos muito rigorosos”. Esculturas como a de Nossa Senhora da Piedade e Nossa Senhora das Maravilhas são algumas das cerca de 150 que podem ser vistas no museu. O bispo refere que algumas peças expostas têm tal fragilidade que não permite a sua deslocação. Algumas têm mais de meio século.
“A propósito de um aniversário acabamos sempre por apanhar mais um pormenor, mais um momento”, afirmou D. José Traquina a respeito do nono aniversário do Museu Diocesano de Santarém. Os aniversários celebram-se porque se deseja continuidade, afirma o prelado. No caso do aniversário do Museu Diocesano, espera-se que continue o caminho que tem sido feito, de cada vez maior projecção das suas actividades.