Dançarém voltou a juntar entusiastas da dança num evento único na região
Convento de São Francisco recebeu um encontro mensal da Associação Dançarém onde não faltaram momentos de música e dança. Um dos factores mais valorizados do trabalho realizado pela associação de Santarém é o seu esforço na promoção da inclusão e igualdade.
O encontro mensal da Associação Dançarém teve lugar no Convento de São Francisco, em Santarém, a 30 de Setembro, e dividiu-se em dois momentos: a oficina-baile e o baile da noite. Mariana Inácio, tesoureira da associação fundada em Maio de 2022, diz que a oficina-baile funciona como um ensaio de preparação para o baile que decorre após o jantar. A oficina-baile da associação contou com a orientação da professora Leónia de Oliveira, de Palmela. No baile actuou o grupo BALSOL, composto por Manuel Amarelo, Nuno Carpinteiro e David Rodrigues. Várias dezenas de pessoas apaixonadas pela dança participaram numa iniciativa que resultou em muitos momentos de convívio e boa disposição.
A escolha do local, segundo Mariana Inácio, é fácil de explicar: “o Convento de São Francisco é o espaço mais emblemático da cidade de Santarém”, afirma a tesoureira da associação. Recorde-se que a Associação Dançarém também organizou, em Julho deste ano, a segunda edição do Festival Dançarão, que decorreu na praia fluvial de Ortiga, em Mação. O número de visitantes naquele festival foi semelhante ao de 2022, de acordo com Mariana Inácio. “O local que escolhemos, Ortiga, foi uma excelente surpresa para quem participou”, refere, acrescentando que o facto de existir transporte ferroviário para o local foi uma grande ajuda. Questionada sobre a importância da existência de associações como a Dançarém na promoção da inclusão, Mariana Inácio considera que a partilha entre pessoas com diferentes gostos é fundamental numa sociedade evoluída. A Associação Dançarém também trabalha com outros grupos. “Consideramos que estas sinergias ao existirem são uma mais-valia para o nosso património cultural e material”, salienta.
Para Hugo Assunção, guitarrista que integra o grupo desde o seu início, a dança promove o crescimento individual ao mesmo tempo que fortifica a relação de proximidade com o outro. O guitarrista, que integra a Orquestra Típica Scalabitana, foi o autor da letra do hino do Festival Dançarão, “ As Andorinhas Dançarão”, que tem música de António Portugal. Apesar de ser membro da associação, Hugo Assunção também chegou a actuar com a sua guitarra portuguesa na mais recente edição do festival da associação ao lado de Diogo Vargas.
Uma mensagem de inclusão
Antes do começo do baile, O MIRANTE falou com três amigos que marcaram presença no encontro. Margarida Botelho, 48 anos, professora de Inglês no ensino básico e secundário, não tem dúvidas de que a mensagem de inclusão que a associação pretende transmitir é um dos factores que garante o sucesso da iniciativa. “Aqui não há preconceitos e as pessoas têm liberdade individual para fazerem o que querem sem estarem limitadas”, sublinha. Catarina Santos, 43 anos, é operadora de caixa de supermercado e tem como um dos principais passatempos participar em festivais de folk. Tal como Paulo Dias, administrativo de 57 anos, caracteriza o ambiente destes encontros como algo especial.