Cultura | 15-10-2023 07:00

Dançarém voltou a juntar entusiastas da dança num evento único na região

Dançarém voltou a juntar entusiastas da dança num evento único na região
A presidente da Associação Dancarém, Fátima Vargas (ao centro), e a tesoureira, Maria Inácio (à direita), com outros membros da associação junto ao Convento de São Francisco. fotoDR

Convento de São Francisco recebeu um encontro mensal da Associação Dançarém onde não faltaram momentos de música e dança. Um dos factores mais valorizados do trabalho realizado pela associação de Santarém é o seu esforço na promoção da inclusão e igualdade.

O encontro mensal da Associação Dançarém teve lugar no Convento de São Francisco, em Santarém, a 30 de Setembro, e dividiu-se em dois momentos: a oficina-baile e o baile da noite. Mariana Inácio, tesoureira da associação fundada em Maio de 2022, diz que a oficina-baile funciona como um ensaio de preparação para o baile que decorre após o jantar. A oficina-baile da associação contou com a orientação da professora Leónia de Oliveira, de Palmela. No baile actuou o grupo BALSOL, composto por Manuel Amarelo, Nuno Carpinteiro e David Rodrigues. Várias dezenas de pessoas apaixonadas pela dança participaram numa iniciativa que resultou em muitos momentos de convívio e boa disposição.
A escolha do local, segundo Mariana Inácio, é fácil de explicar: “o Convento de São Francisco é o espaço mais emblemático da cidade de Santarém”, afirma a tesoureira da associação. Recorde-se que a Associação Dançarém também organizou, em Julho deste ano, a segunda edição do Festival Dançarão, que decorreu na praia fluvial de Ortiga, em Mação. O número de visitantes naquele festival foi semelhante ao de 2022, de acordo com Mariana Inácio. “O local que escolhemos, Ortiga, foi uma excelente surpresa para quem participou”, refere, acrescentando que o facto de existir transporte ferroviário para o local foi uma grande ajuda. Questionada sobre a importância da existência de associações como a Dançarém na promoção da inclusão, Mariana Inácio considera que a partilha entre pessoas com diferentes gostos é fundamental numa sociedade evoluída. A Associação Dançarém também trabalha com outros grupos. “Consideramos que estas sinergias ao existirem são uma mais-valia para o nosso património cultural e material”, salienta.
Para Hugo Assunção, guitarrista que integra o grupo desde o seu início, a dança promove o crescimento individual ao mesmo tempo que fortifica a relação de proximidade com o outro. O guitarrista, que integra a Orquestra Típica Scalabitana, foi o autor da letra do hino do Festival Dançarão, “ As Andorinhas Dançarão”, que tem música de António Portugal. Apesar de ser membro da associação, Hugo Assunção também chegou a actuar com a sua guitarra portuguesa na mais recente edição do festival da associação ao lado de Diogo Vargas.

Uma mensagem de inclusão
Antes do começo do baile, O MIRANTE falou com três amigos que marcaram presença no encontro. Margarida Botelho, 48 anos, professora de Inglês no ensino básico e secundário, não tem dúvidas de que a mensagem de inclusão que a associação pretende transmitir é um dos factores que garante o sucesso da iniciativa. “Aqui não há preconceitos e as pessoas têm liberdade individual para fazerem o que querem sem estarem limitadas”, sublinha. Catarina Santos, 43 anos, é operadora de caixa de supermercado e tem como um dos principais passatempos participar em festivais de folk. Tal como Paulo Dias, administrativo de 57 anos, caracteriza o ambiente destes encontros como algo especial.

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