Mação tem património histórico com potencial para desenvolver turismo no concelho
Durante uma semana Mação recebeu um conjunto de actividades no âmbito da Semana da Pré-História do concelho. Organização considera que existe muito património por explorar e que conhecê-lo é essencial para promover o desenvolvimento turístico do concelho.
Os alunos do 10º ano do curso profissional de Turismo da Escola Secundária de Mação participaram na Semana da Pré-História do concelho, que se realizou entre 9 e 14 de Outubro. No Parque Arqueosocial de Mação, alunos e professores realizaram um percurso pedestre para visitar as cabanas do paleolítico, do neolítico e da era do bronze, e participar em tarefas típicas da época. No final da experiência, os estudantes mostraram-se satisfeitos pela actividade e pelos novos conhecimentos adquiridos.
Não é a primeira vez que o grupo de alunos participa em actividades educativas realizadas fora de contexto escolar. Todos destacaram a importância deste tipo de iniciativas, que permitem aplicar no contexto real os conhecimentos que vão adquirindo na teoria. Após a tarde passada no parque, os alunos deixaram um apelo para a protecção, valorização e manutenção do património pré-histórico existente no concelho.
Anabela Borralheiro e Rodrigo Melo são os responsáveis pelas actividades e revelaram a O MIRANTE que os principais objectivos são a consciencialização e procurar que as pessoas sintam mais pertença e ligação ao património pré-histórico, em particular, ao Parque Arqueosocial. A técnica do município conta que, ao longo de toda a semana, estiveram presentes várias entidades do concelho. As principais actividades desenvolvidas foram a construção de abrigos nómadas, trabalhos com barro, pinturas rupestres e uma palestra sobre a história dos pigmentos. Rodrigo Melo, turismólogo, diz que Mação tem muito potencial por explorar. A trabalhar no museu municipal há quatro anos, depois de se ter tornado mestre em pré-história, acredita que conhecer a arqueologia é conhecer os primórdios da humanidade e é muito importante para o crescimento intelectual dos jovens. Para os dois técnicos é essencial preservar os vestígios do passado. “O Médio Tejo ainda tem vários vestígios pré-históricos. Têm sido desenvolvidos vários projectos, com universidades e investigadores, para utilizar esta riqueza como factor de desenvolvimento turístico da região”, afirmam. A iniciativa, que estreou este ano, serviu como teste piloto para entender a adesão da população e o sucesso das actividades que, segundo afirmam, superou as expectativas.