Cultura | 14-11-2023 12:00

Mostra de artes e ofícios em Abrantes promove convívio e amizade entre clientes e comerciantes

Mostra de artes e ofícios em Abrantes promove convívio e amizade entre clientes e comerciantes
Convívio e a amizade entre comerciantes e clientes são dois dos factores que diferenciam a Mostra de Artes e Ofícios que se realiza no primeiro sábado de cada mês em Abrantes.

Espírito de animação, convívio e amizade são as características que melhor definem a Mostra de Artes e Ofícios de Abrantes, realizada no primeiro sábado de cada mês. Artesãos e produtores locais olham com satisfação para a forte adesão à iniciativa.

A tradicional Mostra de Artes e Ofícios em Abrantes, realizada no primeiro sábado de cada mês, tem merecido vários elogios por parte dos comerciantes e visitantes, que destacam o espírito de convívio e amizade que se vive na feira. Os artesãos e produtores locais realçam a forte adesão dos residentes à iniciativa, que costuma realizar-se no centro histórico da cidade, ao longo da Rua Nossa Senhora da Conceição ou, em caso de condições meteorológicas adversas, no mercado municipal.
O MIRANTE esteve presente na feira, no dia 4 de Novembro, e falou com Elisabete Inácio, Lurdes Baptista, Paula Inácio e Carlos Dias, quatro comerciantes presentes. Elisabete Inácio e Lurdes Baptista são amigas que se conheceram no meio. Elisabete Inácio é professora de português e francês e tem como passatempo a costura. Lurdes Baptista é reformada da área da contabilidade e dedica-se a tempo inteiro ao artesanato em tecido, com a criação de bonecos, pequenos presépios e outros objectos. Conheceram-se num workshop e, desde então, têm frequentado várias formações e feiras.
Paula Inácio, cozinheira de profissão, explica que começou a fazer artesanato devido a um problema de saúde. Decidiu apanhar junco e começar a manuseá-lo para criar objectos do dia-a-dia. Acredita que as disciplinas de trabalhos manuais na sua formação escolar foram fundamentais para aprender. Na mostra em Abrantes vende cestos, brincos, suportes, entre vários outros produtos. Explica que, numa fase inicial, começou a mostrar as primeiras peças aos colegas que a foram desafiando com ideias novas e com pedidos específicos, algo que levou a aumentar o leque de oferta.
Considera que o município faz uma boa divulgação do certame, mas falta chegar às pessoas, dando o seu próprio exemplo, que só teve conhecimento através de uma outa comerciante. A artesã destaca que é essencial haver mais comunicação para aumentar o número de pessoas interessadas, opinião partilhada por Carlos Dias, feirante, que costuma frequentar todas as mostras onde vende mel, produzido pelo irmão. Carlos Dias conta que a família sempre teve colmeias e ligação à apicultura, mas que há cerca de 40 anos, o irmão profissionalizou o ramo e abriu uma empresa de produção de mel. Não participa na produção, mas ajuda a escoar o produto em feiras e iniciativas semelhantes. No seu espaço é possível encontrar pólen, extracto de polén e vários tipos de mel, como o de eucalipto.

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