Cultura | 18-11-2023 21:00

A vida de Bruno Homem não era a mesma sem o saxofone

A vida de Bruno Homem não era a mesma sem o saxofone
Bruno Homem toca quatro tipos de saxofone, clarinete e flauta transversal. Foto Facebook Bruno Homem

Bruno Homem, 41 anos, natural de Tomar, é saxofonista e professor de saxofone. Descobriu a paixão pelo instrumento aos 11 anos e desde aí nunca mais parou de tocar. No Dia Mundial do Saxofonista, a 6 de Novembro, o músico conta a sua história e fala sobre o que diferencia o instrumento.

O saxofone faz a conjugação entre o universo das palhetas e dos metais. Foi inventado por Adolphe Sax com o objectivo de generalizar a aprendizagem dos instrumentos que era difícil para a população. No entanto, para chegar ao nível profissional é um instrumento tão complicado como os outros. A explicação é dada por Bruno Homem, 41 anos, que é saxofonista e professor de saxofone. Apesar de residir e trabalhar em Leiria há cerca de 15 anos, é natural de Tomar e visita regularmente a sua terra natal. Toca quatro tipos de saxofone (soprano, alto, tenor e barítono), clarinete e flauta transversal.
O interesse pela música surgiu bastante cedo devido à ligação do seu irmão à banda da Sociedade Filarmónica Gualdim Pais, em Tomar. Decidiu entrar na filarmónica aos 11 anos “e aprender saxofone para tentar arranjar uma namorada”, explica a O MIRANTE, com um sorriso. Os instrumentos de metal, de forma genérica, não tinham mulheres, pois eram vistos como um instrumento de maior esforço e menos delicado. Actualmente já é muito diferente, vinca. O som e um tema da banda Dire Straits, que tinha um solo de saxofone, foram duas outras razões que o levaram a apaixonar-se pelo instrumento. Esteve na Sociedade Filarmónica Gualdim Pais até ir para a universidade, em 2003, onde conseguiu entrar numa licenciatura em Música. Realizou o estágio curricular na Escola de Artes SAMP em Leiria, onde actualmente é professor de saxofone e participa em vários projectos musicais com grávidas, pacientes dos cuidados paliativos em fim de vida, crianças hospitalizadas de longa duração e ensina música a jovens reclusos.
Bruno Homem confessa que é um trabalho muito gratificante e relembra o momento em que tocou para uma rapariga, que tinha pertencido a uma filarmónica, que tinha uma doença degenerativa. Bruno Homem nunca imaginou que ser músico lhe ia dar segurança financeira e garantir estabilidade. Enquanto adolescente também tocava guitarra e tinha uma banda de rock de garagem. “Tinha umas ideias malucas e queria ser um rockeiro, um guitarrista conhecido de uma banda. Na altura, toda a gente gostava de ser como os Nirvana, era o típico sonho americano”, conta, acrescentando que pensou em ser engenheiro químico, mas percebeu que era um erro e decidiu voltar às origens. Bruno Homem faz parte de vários projectos musicais, como os Drama & Beiço, fundado em Tomar, a Orquestra de Jazz de Leiria e os Moustache, um grupo de Jazz instrumental de Leiria.

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