Cultura | 02-12-2023 21:00

Coleccionadores de todo o país foram a Alcanena mostrar as suas colecções

Coleccionadores de todo o país foram a Alcanena mostrar as suas colecções
Diamantino Corte Real e a esposa Catarina Inácio. Fernando Silva. Nuno Almeida

O Pavilhão Multiusos de Alcanena acolheu o 25º Encontro Nacional de Coleccionadores. Participantes de todo o país trouxeram para a região as colecções mais atípicas, como pacotes de açúcar, calendários de bolso, entre outros exemplos.

Diamantino Corte Real, 75 anos, colecciona pacotes de açúcar há dezenas de anos. Milhares de pacotes de diferentes marcas e a fazer referência a diferentes eventos e campanhas estiveram presentes no 25º Encontro Nacional de Coleccionadores, que se realizou no Pavilhão Multiusos de Alcanena. Natural de Portalegre, caracteriza o acto de coleccionar como uma “doença boa” que implica organização para realizar a classificação e o registo dos artigos da forma mais correcta possível. Acompanhado pela esposa Catarina Inácio, mostrou a O MIRANTE o registo que realiza em caderno da sua colecção de artigos, que também conta com várias caricas. Tenta estar presente sempre que possível em encontros de coleccionadores, também para colocar a conversa em dia com os amigos que foi fazendo pelo país fora, explica.
Fernando Silva, 67 anos, é de Pombal e também marcou presença no encontro. Ao nosso jornal explica que na adolescência gostava de contemplar os selos “bonitos” das cartas quando ia aos correios. “Um selo por si só pode não ter valor, mas se o selo estiver carimbado, o carimbo já lhe pode dar tanto valor em função da sua data ou do local”, explica. Fernando Silva já elaborou um trabalho sobre a história do burro no mundo com cerca de mil bilhetes postais. Nesse trabalho investiu dinheiro e muitas horas de investigação sobre as características específicas de cada animal representado. “Tudo o que um coleccionador tem é relíquia. Preservamos tudo com o máximo de carinho possível”, vinca Fernando Silva, que também colecciona edições antigas de jornais.
Nuno Almeida, de 49 anos, era um dos coleccionadores mais jovens do encontro, no entanto, era um dos que colecciona há mais anos. É coleccionador desde a sua primeira década de vida. A O MIRANTE recorda o tempo em que ia às lojas e às fábricas pedir calendários de bolso. A sua actual colecção conta com cerca de 210 mil calendários de bolso. Nuno Almeida não esconde que gostava de transmitir esta “paixão” aos filhos, uma vez que o coleccionismo “é muito mais do que acumular artigos; também é uma forma de conviver e encontrar pessoas com os mesmos gostos que nós”, afirma.

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