Vestígios arqueológicos encontrados em obra no Flecheiro em Tomar vão ser preservados
Presidente da Câmara de Tomar diz que está a ser analisada a possibilidade da preservação do forno romano encontrado durante trabalhos na zona do Flecheiro.
O executivo da Câmara de Tomar aprovou por maioria, com os votos contra dos vereadores do PSD, a realização de trabalhos complementares no valor de cerca de 59 mil euros, na terceira fase de empreitada de execução dos arranjos exteriores e arruamentos no Flecheiro. Durante a discussão do ponto da ordem de trabalhos da última sessão camarária, o presidente do município, Hugo Cristóvão (PS), adiantou que foi encontrado um forno de produção de tijolos do período romano e que está a ser analisada a possibilidade de preservação do achado para que possa ser visível à semelhança das ruínas junto ao pavilhão municipal com uma superfície em vidro. Se for possível a sua preservação resultará num trabalho complementar, visto que não estava previsto no projecto, mas não vai ter um impacto muito significativo na obra porque é um pequeno espaço, sublinhou.
Em relação aos trabalhos complementares, está em causa a colocação de pedras de calcário no leito do rio para garantir a fixação do leito e para que não haja deslocamento das terras no local, afirmou o presidente da câmara depois de questionado pelo vereador Tiago Carrão (PSD), explicando ao mesmo tempo que as pedras não vão acrescentar volume que altere a cota ou comportamento da água.
Recorde-se que vai ser criado na zona do Flecheiro, onde durante décadas viveram várias dezenas de famílias em barracas, um parque urbano para que a população e os turistas possam usufruir de um espaço ribeirinho que “estava degradado e de onde as pessoas fugiam”, conforme referiu Hugo Cristóvão numa das apresentações que fez do projecto que inclui também uma grande bacia de escoamento de águas para evitar a ocorrência de cheias rápidas, num investimento de milhões de euros.