João Chora apresenta “Roda da Vida” nos 35 anos de carreira
João Chora, fadista natural da Chamusca, vai lançar o seu álbum em dois concertos que se vão realizar em Tomar e na sua terra natal. Quase sete anos depois do seu último trabalho, João Chora apresenta a “Roda da Vida”, num álbum que também contou com a participação da sua filha Inês Chora.
João Chora, fadista da Chamusca que já tem gravado o seu nome no Museu do Fado, em Lisboa, vai apresentar o seu mais recente álbum, “Roda da Vida”, em dois concertos intimistas que vão contar com muitas surpresas. No dia 2 de Fevereiro, no Cineteatro Paraíso, em Tomar, e no dia 4 do mesmo mês, no Cineteatro da Chamusca, o autor vai juntar família e amigos para o que se espera serem duas noites de grande proximidade e interacção entre público e artista.
Em conversa com O MIRANTE, João Chora explica que este álbum surge cerca de sete anos após o último. Composto por 13 temas, com duração total de pouco mais de 40 minutos, o álbum reflecte de certo modo parte das suas vivências ao longo da vida e junta algumas das pessoas mais importantes no seu trajecto. “A minha filha Inês Chora escreveu umas palavras para uma música minha. Tenho quatro músicas minhas e uma em parceria com o Custódio Castelo. O melhor comentário que tenho recebido é que as pessoas ouvem as 13 faixas sem darem pelo tempo passar”, afirma ao nosso jornal, com um sorriso.
João Chora refere que algumas das músicas foram compostas durante a pandemia. O seu processo criativo, explica, é muito instintivo. “Tem muito a ver com a vivências ao longo de cerca de 35 anos de carreira. Neste álbum é onde se nota mais a minha veia de compositor”, salienta, recordando que o seu primeiro disco foi lançado em 1996.
Natural de uma vila que deu ao fado sete músicos reconhecidos pelo público, João Chora revela que está num bom momento e que tem tido muito trabalho. “O ano passado fiz uma tour na Venezuela, também estive em Espanha, e mais recentemente em Cabo-Verde. Durante o ano canto e toco em muitos espectáculos organizados por associações da nossa região, e não só”, sublinha.
João Chora diz que o fado lhe tem dado muitas alegrias e amizades ao longo da vida e espera que os próximos concertos transmitam uma mensagem positiva e que sirvam para o público passar um bom momento. Sem querer desvendar as surpresas, o fadista conta que Custódio Castelo, na guitarra portuguesa, João Madeira, nas teclas, e Carlos Santos, na percussão, o vão acompanhar nos dois concertos, e que vai revisitar muitos temas de álbuns anteriores. “Na Chamusca tenho de cantar o fado pequenino, por exemplo”, revela, nas despedidas.