Cultura | 24-02-2024 21:00

Samora Correia voltou a provar que tem o maior Carnaval do Ribatejo

Samora Correia voltou a provar que tem o maior Carnaval do Ribatejo
Desfile de Carnaval animou e encheu de cor as ruas de Samora Correia

Foliões saíram à rua e aproveitaram o sol de domingo para brincar ao Carnaval. Samora Correia voltou a provar que tem o maior Carnaval do Ribatejo.

O Carnaval de Samora Correia vingou-se do mau tempo e saiu à rua no domingo à tarde, 18 de Fevereiro, com centenas de pessoas a assistir. Os carros alegóricos partiram da da sede da Associação Recreativa e Cultural Amigos de Samora (ARCAS) rumo à Avenida O Século, desfilando pelas ruas adjacentes da cidade.
As colectividades e instituições da freguesia participaram no desfile. Os carros mais aclamados foram o de Joaquim Salvador, que retratava a igualdade de género, e os “Flamingos”, carro da Sónia Lapa. O tema da Barbie e a confecção do vinho foram outros dos temas retratados a par da homenagem a Manuel Parracho, falecido recentemente, que foi um dos dinamizadores do Carnaval samorense.
O Comércio da Avenida O Século manteve as portas abertas a par da venda de farturas, pipocas, algodão doce e balões para as crianças. O desfile deu as tradicionais duas voltas e animou a cidade ao som de muita música, cor, alegria e sorrisos.

Língua afiada no enterro do Entrudo
Samora Correia enterrou o Entrudo no domingo à noite. O “defunto” circulou pelas ruas da cidade, como manda a tradição, acompanhado pelo cavalinho da Sociedade Filarmónica União Samorense. A encabeçar o enterro estava o padre e o acólito que, de língua afiada, foram lendo os versos picantes.
Alguns exemplos são: “Para a Célia e o marido/ gente com muita graça/ como são muito finos/ bebem mijo por uma taça. (…) Não me posso esquecer da Paula Cabeleireiros/ e da papelaria da Dona Manuel/ para elas o santo foi muito obreiro/ cagou três bidons de merda polvilhado com canela”.
Não faltaram os recados aos políticos: “Este ano tivemos um Carnaval rico inovador e moderno/ Um Carnaval com muitas flores e bastante alegria/ não tivemos um Carnaval morto que para isso já temos a junta de freguesia. (…) O Augustinho vê-se de vez em quando/ e o Carlinhos dos Faluas na rua sempre a trabalhar/ a pacholinha e Dora Ramos sé se vêem nas reuniões/ e o Róró dos cabrestos está sempre no Couço e a bilha a lavar”. (…) “Muita tinta neste município vai correr/ para ver quem fica com a câmara a seguir ao ‘Coitadinho’/ que vai arrumar as malas de vez/ e vem reformado para casa com um ordenado bem jeitosinho”.
Este ano o padre foi no feminino. Patrícia Pernes estreou-se na escrita dos versos e na condução do funeral. “Para a Águas do Ribatejo, esta empresa sensação, roubam-nos até à exaustão, deixo um túnel de merda, para comerem até terem uma congestão. (…) Era um santo pobrezinho, família de fracos meios, deixou uma pipa de merda, para a equipa dos correios (…)”.

Alguns populares fizeram questão de participar no enterro do Entrudo lendo os seus próprios versos

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