Cultura | 04-03-2024 15:00

Paulo Queimado continua a brigar com dirigentes da Banda da Carregueira

Paulo Queimado continua a brigar com dirigentes da Banda da Carregueira
Sede da associação na Carregueira tem problemas graves de infraestruturas e foi encerrada há vários meses. fotoDR

Presidente da Câmara da Chamusca diz que nova direcção quer resolver os problemas com o telhado da sede e tenta desculpar-se por ter ouvido críticas do anterior presidente da banda que acusou o executivo de inércia e falta de respeito pelos compromissos assumidos.

O presidente da Câmara Municipal da Chamusca diz que está em conversações com a nova presidente da Banda Filarmónica Carregueirense “Victória” para perceber o que fazer em relação às intervenções na sede da associação, que está há vários meses encerrada por falta de condições de segurança. “Tivemos reunião com a nova presidente da direcção. O que transmitimos é que estamos disponíveis para ajudar a banda em tudo o que precisarem. Esta nova direcção tem um entendimento diferente da anterior. Quer resolver a questão do telhado para usufruir da infraestrutura, sem precisar de gastar 200 ou 300 mil euros”, disse Paulo Queimado durante a última sessão camarária depois de questionado pela vereadora Gisela Matias (CDU).
As declarações do autarca da Chamusca caíram mal à anterior direcção, presidida por Hélder Silva. Em declarações a O MIRANTE, o ex-dirigente, que presidiu a associação durante oito anos, lamenta que Paulo Queimado tenha dito o que disse, recordando que foi o próprio chefe do executivo municipal a incentivar a direcção a elaborar um projecto para que o município pudesse apoiar de forma “legal” as intervenções. “Visitou as nossas instalações e disse-nos que seria melhor se elaborássemos um projecto para requalificar profundamente as nossas instalações de forma que o município pudesse apoiar formalmente a empreitada. Não percebo como pode vir dizer isto agora”, lamenta Hélder Silva, acrescentando que, ao contrário do que Paulo Queimado deu a entender, os problemas estruturais vão muito para além do telhado. “E as casas-de-banho que estão a cair de podre, assim como muitas das salas?”, questiona em jeito de desabado.
Recorde-se que Hélder Silva foi a uma das últimas Assembleias Municipais da Chamusca pedir satisfações para o facto do município continuar a ignorar os problemas da associação. Fez-se acompanhar por elementos da banda e encarregados de educação, e falou em “desmotivação” pela realidade vivida na associação. “Há 10 anos lançámos os primeiros alertas junto do município e da Junta da Carregueira para os problemas de infraestruturas (…) Há seis anos, depois de várias reuniões, houve indicação do município para elaborar um projecto, no qual investimos mais de 3.600 euros. Com o projecto concluído demos início ao pedido de licenciamento. No ano passado fomos obrigados a sair das instalações devido ao estado de degradação, que era tal que, para nossa protecção, senti-me na obrigação de pedir uma inspecção. Em Janeiro deste ano, sabendo que o relatório estava concluído, foi-nos dito que o mesmo teria que ser enviado pelo vereador Rui Ferreira. Depois de vários pedidos de envio, a resposta foi sempre a mesma, o silêncio. Em Fevereiro pedimos ajuda ao presidente da assembleia municipal que nos disse que “não tinha poder para decidir nem para resolver, mas irei dar seguimento (…)”, disse, concluindo: “é de lamentar a situação que prejudica o desenvolvimento de uma associação com 93 anos. Gostaríamos de continuar a desenvolver trabalho com a comunidade. Deixo-vos uma questão: quanto mais tempo teremos de esperar para resolver o assunto?”.

Hélder Silva tem criticado postura do executivo da Câmara da Chamusca ao ignorar problemas da Banda da Carregueira

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