Cultura | 09-03-2024 18:00

Phil’s Place Santarém: a dança como forma de expressão da liberdade

Phil’s Place Santarém: a dança como forma de expressão da liberdade
Associação Phil's Place Santarém tem mais de duas centenas de dançarinos e continua a crescer sem perder a ligação às suas raízes, a Associação de Dança Desportiva de Tremês

A associação “Phil’s Place Santarém” tem mais de duas centenas de dançarinos e continua a crescer sem perder a ligação às suas raízes, na Associação de Dança Desportiva de Tremês. Filipe Santos, professor e dançarino profissional, é um dos seus principais rostos e tem conseguido envolver uma equipa que trabalha para formar pessoas mas também para obter resultados.

A Phil’s Place Santarém é uma escola de dança que tem na sua base a Associação de Dança Desportiva de Tremês (ADDT). Filipe Santos integra o projecto desde o início e é um dos seus principais dinamizadores. Dançarino há mais de duas décadas Filipe Santos, natural de Santarém, tem um longo percurso na modalidade tendo dado aulas na Aldeia da Ribeira, em Alcanede, e em Castelo Branco. Quando alguns dos seus projectos chegaram ao fim, começou a juntar pessoas e implementou um pólo da Associação de Dança Desportiva de Tremês, em Rio Maior. Mais tarde, e depois de uma breve passagem pelo centro de Santarém, mudaram-se para a Rua das Flores, na Portela das Padeiras, onde ainda permanecem.
Em 2020, em plena pandemia, foi criado o projecto “Phil’s Place”; em 2023 passou de um simples projecto a uma associação, que tem crescido exponencialmente, com resultados de excelência e uma missão bem definida: ajudar no desenvolvimento pessoal de cada um e colocar a equipa de competição em patamares mais elevados, seja na dança de salão, ballet, estilo livre, entre outros estilos de dança. A Phil’s Place Santarém está inscrita na World Dance Council e tem neste momento cerca de 260 dançarinos associados.
Alpiarça, Azambuja, Aveiras de Cima, Almeirim e Santarém são alguns dos concelhos onde a associação tem representantes. Filipe Santos explica a O MIRANTE que as actuais instalações também funcionam como ponto de encontro de pessoas apaixonadas pela dança e por um estilo de vida positivo. Para além do trabalho técnico existem aulas de condição física e de coaching. “Uma das grandes apostas é na qualidade dos nossos professores, muitos deles são internacionais e ajudam na preparação física e mental dos alunos”, sublinha o director artístico. Rita Marques, Tiago Lobo, Sílvia Oliveira, Samuel Ferreira, Joel Marques, Catarina Tomaz, Sara Pinote, Fátima Gonçalves e o próprio Filipe Santos, constituem a equipa técnica da Phil’s Place Santarém.

Conjunto variado de actividades
Ballet, dança musical, contemporânea, social e desportiva, cursos para noivos, pilates, yoga e retiros são algumas das modalidades que se praticam na associação. A 9 de Março realiza-se no CNEMA o Scalabis Dance Festival, competição de vários estilos de dança. O evento tem prevista a participação de mais de duas centenas de dançarinos. “Queremos provar que a dança é uma actividade que faz bem ao corpo e à mente e que pode ser praticada por toda a gente que queira ter hábitos de vida saudável”, afirma Filipe Santos. O Training ADDT é um campo de treino que se realiza em Janeiro e Setembro. Envolve uma grande variedade de aulas e conta com a participação de professores portugueses e estrangeiros.

Joel Marques e Maia Sirbu são um dos pares da associação que participam em competições

Dança ajuda a ser melhor em todos os aspectos

Eva Antunes, 13 anos, de Santarém, dança há sete anos. Já pertencia à ADDT antes da mudança de instalações. Aluna do sétimo ano, participou pela primeira vez a solo na competição United Kingdom Open Dance Festival, em Janeiro, assim como o par Diogo Martins e Joana Gomes. A dançarina explica que conseguiu controlar bem os nervos por ter a ajuda de companheiros de equipa e de Filipe Santos. Em 2023 o par Diogo Martins e Joana Gomes, ambos com 15 anos, estreou-se na competição em Inglaterra. Diogo Martins, aluno em Salvaterra de Magos, diz que o trabalho de equipa é o mais importante quando se dança em par. Confiança, disciplina e maturidade são as principais aprendizagens da dança, acrescenta Joana Gomes. Por semana realizam, no mínimo, três treinos de mais de duas horas cada.
Um dos dançarinos mais experientes é Joel Marques. Como Personal Trainer explica que a boa preparação física ajuda na execução técnica das danças. As sessões de coordenação, resistência e a interligação com o yoga, por exemplo, são algumas das actividades que não dispensa.
Joel Marques e Maia Sirbu formam um par de danças de salão latinas. A jovem está a terminar a licenciatura em Dança na Faculdade de Motricidade Humana, em Cruz Quebrada. Em criança experimentou as danças de salão e diz que nunca mais quis outra coisa. “Calcei os sapatos, experimentei os movimentos e percebi que me sentia bem a fazer aquilo. Hoje já não conseguia viver sem a dança”, confessa.
Ana Oliveira e Tiago Lobo são um par de dança há três anos e no seu primeiro mundial alcançaram o 19º lugar em quase 70 pares. No último mundial da World Dance Council chegaram ao sexto lugar. Ana Oliveira, gestora de campanhas de marketing, conta a O MIRANTE que a dança a faz ser uma versão melhor de si própria. Tiago Lobo, um dos monitores da academia, é electromecânico e diz que a dança é a melhor forma de descarregar energias negativas.

Joana Gomes e Diogo Martins são dançarinos da Phil's Place Santarém

Um percurso ligado ao associativismo

Aos sete anos de idade Filipe Santos integrou o Rancho Folclórico da Romeira, seguindo-se depois as danças de salão. Apesar de ter frequentado o curso de Ciências Farmacêuticas, optou por se dedicar de corpo e alma à dança. Captar mais dançarinos, quebrando o estigma da participação do sexo masculino, é um dos seus objectivos. “É motivo de orgulho para mim ter pertencido à génese da associação, como bailarino e dirigente, e ver o crescimento deste projecto”, afirma.

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