Cultura | 31-03-2024 21:00

Festival de Cinema de Santarém com foco nas comunidades indígenas e alterações climáticas

Festival de Cinema de Santarém com foco nas comunidades indígenas e alterações climáticas
Francisco Noras e Rita Correia são dois dos rostos do Festival Internacional de Cinema de Santarém

Este ano a programação do Festival de Cinema de Santarém é composta por 240 filmes de 47 países, o que representa um aumento em relação ao ano passado, no número de filmes e países.

A luta das comunidades indígenas contra as alterações climáticas e o cinema de temática agrícola, rural e ambiental são os grandes destaques da 17.ª edição do Festival Internacional de Cinema de Santarém, que se realiza entre os dias 15 a 19 de Maio, no Teatro Sá da Bandeira, em Santarém.
O festival, apresentado em conferência de imprensa na Casa do Brasil, vai contar com uma série de obras cinematográficas que retratam a luta e a resistência de diversos povos indígenas contra as alterações climáticas, numa programação que percorre diversas regiões e latitudes desde a Amazónia, passando pelo Nepal até à Indonésia.
Segundo a codirectora do festival, Rita Correia, continuam a “existir seres humanos que vivem em completa sintonia com a natureza e que estão efectivamente ameaçados pelas alterações climáticas”, referindo que, nos últimos anos, tem surgido uma vasta “produção contemporânea sobre estes povos”. Por essa razão, os responsáveis decidiram, na edição deste ano, “dar destaque a estas lutas” e “explorar estas temáticas”, num festival “caracterizado pela sua forte índole ambiental”.
Para além desta vertente, o festival, de acordo com o codirector Francisco Noras, pretende ainda mobilizar o público mais jovem em torno do cinema, com sessões de curtas-metragens, ‘workshops’ e actividades educativas destinadas às crianças. O festival apresenta também uma secção competitiva destinada à produção nacional e internacional. Os prémios monetários são os seguintes: “Prémio Cacho de Ouro Isla” (1.200 euros); “Prémio Cacho de Ouro Inatel” (1.200 euros); e o prémio para melhor curta-metragem (500 euros).
Vão ser também organizados diversas conversas e debates, com a presença de vários convidados, sobre filmes que, segundo os responsáveis, pretendem “provocar e suscitar debate”. À semelhança do que aconteceu no ano passado, o festival continua com a rubrica “Cinema à mesa”, onde um chefe da região vai ser desafiado a criar um menu de degustação a partir de um filme, com o objectivo de ligar “o cinema à gastronomia”. Estão igualmente previstas actividades paralelas como ‘workshops’, conversas, debates e uma exposição dedicada à história do festival, patente no Teatro Sá da Bandeira.
A edição do ano passado mobilizou cerca de mil espectadores, número que os responsáveis esperam ultrapassar este ano. “As projecções que temos é que vamos aumentar o número de espectadores. No ano passado não tínhamos comunicação nenhuma, não tínhamos presença nas redes sociais, mas o crescimento ao longo deste ano foi muito grande e estamos certos de que vamos atrair mais público”, referiu Rita Correia.

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