Festival de Balonismo tem impacto relevante na economia de Coruche
O Festival de Balonismo já se tornou uma referência em Coruche e tem ganho notoriedade nos últimos anos, levando milhares de visitantes ao concelho. A 7ª edição do evento decorreu de 21 a 24 de Março e pelo local passaram entre 20 a 25 mil visitantes. A vereadora da Cultura da Câmara de Coruche, Susana Cruz, alerta que o mais importante é garantir as condições mínimas de segurança de quem voa em balão de ar quente.
O Festival de Balonismo já se tornou uma referência de Coruche que tem ganho notoriedade nos últimos anos e levado milhares de visitantes ao concelho. A opinião é da vereadora da Câmara de Coruche, Susana Cruz, que detém o pelouro da Cultura e explica que o concelho tem excelentes condições para praticar balonismo. “A nossa marca principal é a cortiça mas também já identificam o nosso concelho como estando associado ao balonismo”, refere a autarca. A 7ª edição do Festival de Balonismo realizou-se de 21 a 24 de Março e pelo evento passaram entre 20 mil a 25 mil visitantes.
Susana Cruz já fez a viagem de balão e diz que lá em cima se sente uma paz inexplicável, com uma vista magnífica sobre a vila, o rio, a lezíria e o montado. “Os balonistas profissionais, mas também os visitantes, onde se incluem muitos estrangeiros, dizem que Coruche tem das paisagens mais bonitas de se observar durante uma viagem de balão. Isso é muito importante para nós que apostamos neste projecto”, afirma.
A vereadora da Cultura considera que o Festival de Balonismo tem sido uma forma de Coruche se afirmar e dar a conhecer nos últimos sete anos. Susana Cruz explica que o mais difícil é fazer com que algumas pessoas entendam que nem sempre é possível os voos acontecerem. “Este é um evento muito arriscado e por vezes muito ingrato porque nem sempre é permitido voar. Não podemos arriscar e o mais importante é garantir as condições mínimas de segurança”, destaca. A autarca recorda o ano em que tiveram que terminar com os voos estáticos e de baptismo porque não estava garantida a segurança devido às condições atmosféricas, já que basta um pouco de vento para o cesto do balão poder virar.
O impacto do evento na economia local é relevante, garante Susana Cruz, referindo que a hotelaria enche e a restauração não tem mãos a medir. Por esse motivo os espaços na zona de comida de rua [street food] foram reforçados. Um dos principais problemas no concelho de Coruche é a falta de camas, que o município tem tentado resolver. “É uma lacuna no concelho. Tem havido algum alojamento local e abriu recentemente uma unidade hoteleira no Couço, mas para acolher grupos maiores e poderem ficar instalados no concelho durante os nossos eventos não é fácil, o que prejudica a vinda de mais visitantes”, lamenta a vereadora.
Além da falta de alojamento, o que falta a Coruche, na opinião de Susana Cruz, é pessoas e postos de trabalho. A vereadora explica que há várias empresas a instalarem-se na zona industrial da vila, o que é fundamental para o desenvolvimento do concelho uma vez que o emprego traz gente para se instalar em Coruche.
A economista que se apaixonou pela política
Susana Cruz nasceu a 18 de Outubro de 1976 e tem uma filha de 13 anos. É licenciada em Economia - Especialização Desenvolvimento Regional, pela Universidade de Évora, tendo frequentado o MBA em Administração Pública e o curso de Gestão Pública na Administração Local. Natural da Branca, freguesia do concelho de Coruche, trabalhou cerca de dez anos na área de consultadoria de empresas. Está no primeiro mandato como vereadora a convite do actual presidente do município, o socialista Francisco Oliveira. Entrou na Câmara de Coruche em 2009 como secretária de vereação e com a responsabilidade de organizar, entre outras iniciativas e projectos, a FICOR – Feira Internacional da Cortiça.
Entrou para a política aos 18 anos pela mão do actual presidente da União de Freguesias de Branca, José Jesus Joaquim, que a convidou para as listas da sua freguesia. Envolveu-se na política, gostou e nunca mais se desligou do Partido Socialista. Está envolvida no associativismo, tendo integrado a direcção do Rancho Folclórico, Recreativo e Cultural da Branca e os corpos sociais do Ninho de Esperança – Associação de Solidariedade Social da Branca. Garante não estar nos seus planos ser presidente de câmara.