CDC do Verdelho é uma colectividade que também tem uma capela
As festas anuais em honra de São João, em Junho, são a maior organização do Centro de Desporto e Cultura de Verdelho, colectividade do concelho de Santarém que nasceu pouco tempo após o 25 de Abril e que tenta manter o entusiamo de fazer actividades em prol da população.
O Centro de Desporto e Cultura de Verdelho (CDCV) se não for a única deve ser das poucas colectividades que é proprietária de uma capela junto ao recinto de festas, que disponibiliza à Diocese de Santarém para cerimónias religiosas. O templo foi construído há pouco mais de uma década por uma empresa, por vontade do povo, através de doações dos habitantes da aldeia do concelho de Santarém. A manutenção e limpeza do espaço, onde o padre João Barrera dá missas, é feita por um grupo de três mulheres com a ajuda de outras pessoas da terra. Mas a aldeia tem outra capela, a de São João, em honra do qual são feitas as festas anuais em Junho. A colectividade tem também um pavilhão ao serviço da população, onde há treinos de teqball e ensaios de danças de salão da JD Dance School e por vezes demonstrações de patinagem artística.
O presidente da associação, Paulo Vicente, e a presidente da assembleia-geral, Carolina Casaca, recordam quando no final dos anos 80 e início dos anos 90 a sede da colectividade se enchia de pessoas nos bailes de Carnaval, ou festas de Passagem de Ano. Os últimos eventos, como o torneio de sueca, o espectáculo de Carnaval “A tua fronha não me é estranha” e o baile de Halloween tiveram uma boa adesão da população. Nas festas de 2023 a direcção apostou em dar mais visibilidade à localidade com a contratação de cantores de renome como Toy e Emanuel Moura, mas houve um prejuízo no valor de cinco mil euros. Passaram pelas festas cerca de 2.500 pessoas, longe das expectativas da colectividade. A mais recente aposta da associação, que tem 170 sócios pagantes, é a construção de um campo de padel.
O terreno onde se situa o pavilhão da colectividade foi doado em 1976, ano da fundação da associação, por Joaquim A. A. Júnior. Uma das ambições dos sócios fundadores era a criação de um gimnodesportivo. Entre eles incluem-se João Cunha, José Salsa, João Jacinto, Joaquim Guerra, Miguel Palmeiro, António Lourenço e António Ferrão. A escola de danças de salão tem quatro dezenas de elementos entre os três e os 50 anos. O centro já teve secções de ciclismo, futebol, columbofilia e cicloturismo. Paulo Vicente, 51 anos, natural de Moçambique, tipógrafo de profissão, é presidente da direcção desde 2017. A sua ligação com a associação começou na juventude. O seu avô João Melro pertenceu à colectividade, chegando a ocupar o papel de vogal da direcção. Ele e o tesoureiro, João Paulo Pedro, integraram a equipa de futebol da associação. A presidente da assembleia-geral, Carolina Casaca, 35 anos, natural de Santarém está no cargo desde 2021, também herdou do gosto pelo associativismo do avô e do pai que também pertenceram à colectividade.