Rancho “Os Camponeses” de Riachos é uma escola de vida que atravessa gerações
Fundado há 60 anos o Rancho Folclórico “Os Camponeses” de Riachos é uma grande família que atravessa gerações. Três dos elementos da direcção e falaram com O MIRANTE sobre os desafios de gerir o grupo a propósito do Dia Nacional do Folclore Português que se assinala este domingo, 26 de Maio.
O rancho folclórico “Os Camponeses” de Riachos, concelho de Torres Novas, conta com cerca de 80 elementos, com idades entre os dois e os 80 anos. O presidente do grupo, Paulo Sérgio, acredita que a disciplina e o respeito entre todos os elementos, do mais novo ao mais velho, são fundamentais para o bom funcionamento e um dos valores principais do rancho, que desenvolve actividades junto da comunidade local como workshops de instrumentos nas escolas, além de eventos de demonstrações típicas de épocas antigas.
“Aprendi a dançar nos bailaricos com as senhoras mais velhas. Ali é que se aprendia. É uma pena que hoje não haja tantos e isso vê-se na dificuldade que as pessoas têm em aprender a dançar. Mas com força de vontade, mesmo os que têm menos ritmo, lá conseguem”, diz a O MIRANTE o dirigente que acredita que para se dançar bem é preciso ritmo e bom ouvido.
Telma Pereira acredita que o foclore português é visto como o “parente pobre da cultura”, mas defende que nenhum outro estilo musical ou de dança pode ser comparado. “O folclore é diferente, não é melhor ou pior (…) O rancho folclórico é uma escola de vida, não é só dançar e cantar, mas criar relações interpessoais”.
*Artigo completo na próxima edição semanal de O MIRANTE.