Cultura | 01-06-2024 00:51
Arlindo Pirralho molda com amor figuras em Cortiça
Na vila do Couço, concelho de Coruche, Arlindo Pirralho molda figuras e objectos em cortiça. O amor pelo que faz é o segredo para o sucesso das suas criações que percorrem feiras de artesanato pelo país. O MIRANTE esteve à conversa com o artesão, a propósito do Dia Nacional do Sobreiro e da Cortiça, que se assinala este sábado, 1 de Junho.
Na pacata vila do Couço reside um verdadeiro mestre na arte de trabalhar a cortiça. Quem entra na garagem de Arlindo Pirralho dá de caras com prateleiras repletas de criações suas, feitas com este material nobre e tão português. Numa delas estão pousadas duas perdizes, pintassilgos, uma poupa e as tão características cegonhas do Couço. Também se observam outros animais como corujas - imagem de Coruche-, caixas, fruteiras e presépios.
Artesão certificado, nascido há 75 anos em Santa Justa, foi criado no Couço. Pela mão do pai ia a feiras onde ficava horas a ver os artesãos trabalhar até serem horas de regressar a casa. “Tenho um banco em cortiça com 75 anos que o meu pai fez para me sentar em pequeno. Ainda me lembro de me sentar ali depois do banho e pensar que era macio”, conta saudosista.
Aos 16 anos rumou a Lisboa para aprender o oficio de pedreiro. Trabalhou na construção civil, sempre com o artesanato no pensamento, mas não tinha tempo. Há cerca de dez anos, quando se reformou, agarrou o sonho e dedicou-se, finalmente, ao artesanato.
*Artigo para ler na íntegra em edição impressa de O MIRANTE.
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