Cultura | 19-06-2024 15:00

Associações precisam de melhorar a comunicação das actividades

Associações precisam de melhorar a comunicação das actividades
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Teresa Almeida, presidente da CCDRLVT, esteve em Vila Franca de Xira a apresentar a dirigentes associativos um novo programa de apoio para o sector cultural

Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) de Lisboa e Vale do Tejo quis destacar a importância e a vitalidade do movimento associativo do concelho de Vila Franca de Xira ao escolher a cidade para apresentar um novo programa de incentivos culturais para as associações.

O movimento associativo poderá desenvolver os melhores eventos culturais no seu território mas sem uma boa comunicação com a imprensa e a sociedade civil de pouco vale. Por isso, saber comunicar bem o agendamento de um evento é meio caminho andado para que ele tenha sucesso. Um alerta deixado a uma dezena e meia de dirigentes associativos do concelho de Vila Franca de Xira por Paulo Pires, da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional de Lisboa e Vale do Tejo (CCDR-LVT), durante a apresentação, a 6 de Junho, de um novo programa de incentivos à programação cultural não profissionalizada.
“Saber promover uma boa comunicação e marketing das actividades culturais que desenvolvem é super importante. Infelizmente essa capacitação das associações para saberem comunicar é ainda e muitas vezes uma área que está coxa”, avisou Paulo Pires, lembrando que de nada vale promover um grande festival cultural, por exemplo, que depois fica vazio por falta de uma boa comunicação.
A 27 de Maio a CCDR-LVT lançou o LVT +Cultura, um programa de apoio ao sector cultural não profissionalizado para os agentes culturais que integram os 52 municípios da sua área de intervenção territorial. O programa, que terá periodicidade anual, tem uma dotação financeira global de 300 mil euros para este ano, com um limite de apoio de cinco mil euros por entidade, e tem como objectivo apoiar e acelerar projectos culturais e artísticos, de cariz pontual, a realizar no âmbito das artes performativas e visuais, cruzamentos disciplinares, livros e literatura e património cultural imaterial. No dia 6 de Junho a Fábrica das Palavras em Vila Franca de Xira recebeu a primeira sessão de esclarecimento presencial e descentralizada de difusão do programa, dirigida a agentes culturais, gestores e técnicos autárquicos.
“Temos um grande reconhecimento pelo movimento associativo que existe em VFX. Este edifício foi ele próprio financiado pela CCDR, por isso escolhemos VFX, para que esta realização fosse num epicentro, uma vez que a região começa em Setúbal e termina na Nazaré”, explica Teresa Almeida, presidente da CCDR LVT a O MIRANTE.

Transformar as CCDR em institutos públicos foi “muito positivo”
As CCDR passaram desde Janeiro a funcionar como institutos públicos com o objectivo de receberem mais competências do Estado. A decisão é classificada como “muito positiva” pela presidente da CCDR-LVT, Teresa Almeida. À margem da apresentação, a responsável confirmou a O MIRANTE que a reestruturação daquele organismo representou um “significativo aumento de competências” que são, até agora, um desafio para toda a estrutura.
“Temos os nossos estatutos publicados desde 6 de Dezembro de 2023. Começámos a fazer a assumpção e integração destas novas áreas desde 1 de Janeiro de 2024. Estamos com o pleno compromisso em dar resposta a estas novas exigências, que representam muito trabalho e estamos entusiasmados com resultados muito interessantes e satisfatórios”, defendeu Teresa Almeida. Em algumas áreas e programas de apoio, como o destinado ao sector cultural não profissionalizado, a responsável admite ter de vir a precisar de pedir um reforço de verbas ao Governo caso a procura supere em muito a oferta.
Já no que toca à possibilidade de vir a ser alargado o mapa nacional das CCDR no futuro, com a criação de uma nova estrutura que agregue Oeste e Ribatejo, a responsável explica que é um assunto que não está equacionado e defende que a recente reestruturação das cinco CCDR nacionais representam “o reconhecimento de que são as cinco regiões plano que devem constituir o mapa de descentralização regional” e que, por isso, a situação está “estabilizada” administrativamente.

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