Benavente vibra com a sétima edição das Marchas Populares
Depois de uma paragem forçada pela pandemia, as Marchas Populares regressaram às ruas de Benavente. A marcha da casa destacou-se pelo tema “Benavente Tique Taque”, inspirado no relógio da torre dos Paços do Município.
Nem a noite fria conseguiu afastar a multidão que se reuniu no dia 22 de Junho para assistir à sétima edição das Marchas Populares de Benavente. O evento, marcado pela animação e pela tradição, atraiu centenas de pessoas à Igreja Matriz para ver desfilar sete marchas participantes. Os conjuntos, vindos de Benavente, Almeirim, Benfica do Ribatejo, Fazendas de Almeirim, Mafra e Lisboa, encantaram o público com as suas coreografias e trajes coloridos. O desfile começou no largo do mercado mensal e culminou no Parque 25 de Abril, num percurso repleto de espírito festivo.
Organizada pela Associação Recreativa Senhora da Graça de Benavente, a iniciativa incluiu também um espaço dedicado a artesanato, farturas, licores e bar, reforçando a vertente cultural e social do evento. “Benavente merece ter a sua marcha popular e, mais uma vez, cumprimos a tradição dos santos populares”, afirmou José Santos, presidente da associação organizadora. “Este ano voltámos a erguer-nos após a pausa forçada pela pandemia”, vincou.
Com 30 elementos, a marcha de Benavente destacou-se pelo tema “Benavente Tique Taque”, inspirado no relógio da torre dos Paços do Município, destruído pelo terramoto de 1909 e posteriormente reconstruido. “É um objecto importante para a nossa vila”, sublinhou José Santos.
Entre os participantes, Bruna Silva e a sua filha Maria Leonor Santos, de Samora Correia, trouxeram ainda mais brilho ao desfile. A progenitora sintetizou o que a filha de poucos anos de idade mais gosta. “Ela adora vestir-se, pintar-se e participar nos ensaios. É um orgulho continuar esta tradição”, disse Bruna Silva. Helena Cunha, presidente da Associação de Reformados, Pensionistas e Idosos do Concelho (ARPIC) de Benavente, partilhou o entusiasmo do grupo de reformados que, com mais de 70 anos, desfilou com vigor. “Participar é fantástico. Deixamos as novelas de lado e saímos para a rua, rejuvenescendo com a energia das marchas”, realçou.