Classificação do Colete Encarnado como património imaterial está por decidir há três anos

Este ano as festas do Colete Encarnado esperaram a visita de 300 mil pessoas onde “Matateu”, o campino que dormia com o cavalo amarrado aos pés, foi o homenageado na tradicional cerimónia de sábado. Henrique Pinheiro, da Casa Agrícola Veiga Teixeira, vai ser o próximo a ajudar na organização das esperas do próximo ano.
No ano em que o município de Vila Franca de Xira esperou a visita de 300 mil pessoas às festas do Colete Encarnado ficou a saber-se que já passaram três anos desde que a câmara submeteu à Direcção-Geral do Património Cultural (DGPC) a candidatura para inscrição das festas no Inventário Nacional do Património Cultural Imaterial mas ainda sem novidades.
É por isso que o autarca da cidade disse a O MIRANTE, à margem da homenagem ao campino na tarde de sábado, 6 de Julho, que está na hora de falar directamente com ministro da cultura sobre o assunto para que o dossier não fique esquecido nos gabinetes da DGPC. “Entretanto o Governo mudou e ainda não falei com o novo ministro da cultura sobre a candidatura mas é um dos assuntos que irei falar com ele para perceber qual é o ponto da situação”, garantiu.
A consulta pública do processo esteve aberta durante 30 dias em Junho do ano passado e, já se sabe, além de várias manifestações de apoio também responderam várias associações ambientalistas e de protecção dos direitos dos animais, que se mostraram contra a classificação do Colete Encarnado como património imaterial, evocando sobretudo as esperas de toiros nas ruas como factores de alegada perigosidade para as crianças.
* Notícia desenvolvida na edição impressa de O MIRANTE