Centro de Apoio da Carregueira continua à espera da Segurança Social para poder respirar de alívio
O Centro de Apoio Social da Carregueira está há meses à espera de resposta da Segurança Social para saber se a candidatura ao Fundo de Socorro Social foi aprovada. Trabalhadores da instituição ainda não receberam subsídio de Natal de 2023 e também não está previsto receberem o de férias deste ano.
A direcção do Centro de Apoio Social da Carregueira (CASC), no concelho da Chamusca, continua à espera que a Segurança Social de Santarém esclareça se a candidatura ao Fundo de Socorro Social foi ou não aprovada. A instituição vive graves problemas financeiros e o apoio iria servir para pagar os subsídios de Natal de 2023, os subsídios de férias deste ano e também liquidar dívidas a alguns fornecedores.
A direcção do Centro de Apoio Social da Carregueira, que dá resposta a cerca de 150 utentes, em regime de residência, domicílio e centro de dia, e tem nos seus quadros cerca de 70 funcionários, explica a O MIRANTE que as dificuldades se mantêm e que não há mãos a medir para os esforços que todo o staff tem realizado para que a instituição continue a funcionar e a prestar serviço à população. “Fizemos candidatura ao Fundo de Socorro Social para pagar subsídios de Natal, de férias e algumas dívidas a fornecedores. Não há feedbacks da Segurança Social. Estão sempre a pedir novos documentos. Tem havido graves falhas de comunicação, embora deva referir que da nossa parte não houve falha nenhuma”, afirma Horácio Ruivo, presidente da direcção da Instituição Particular de Solidariedade Social (IPSS)
O responsável reconhece que “os trabalhadores da instituição têm toda a razão” em reivindicar o que lhes pertence por direito, mas que é impossível cumprir com essas obrigações. “Até pagar os ordenados tem sido uma aventura”, refere o dirigente, acrescentando que a direcção do CASC tem negociado com a banca para encontrar uma solução benéfica para todos. “Com um novo empréstimo que vamos contrair, vamos pagar a dois bancos e ficar a dever apenas a um a 18 anos. Estamos a falar de um empréstimo de cerca de 500 mil euros”, sublinha Horácio Ruivo.
O presidente da direcção salienta que, embora a instituição viva um “pesadelo diário”, todas as pessoas que ali trabalham fazem tudo para que “a qualidade dos serviços não diminua”. “Não queremos diminuir a qualidade dos serviços. Os nossos utentes não têm culpa desta situação toda. É um sufoco para os trabalhadores, mas infelizmente estão completamente dependentes do Fundo de Socorro Social”, conclui.
Assembleia Municipal questionou executivo
Na última Assembleia Municipal da Chamusca, a bancada da CDU questionou o executivo liderado por Paulo Queimado sobre a situação do Centro de Apoio Social da Carregueira, afirmando que o partido foi contactado por trabalhadores da instituição a propósito da falta de pagamento dos subsídios. Paulo Queimado voltou a referir que o assunto está entregue à Segurança Social.