Fotógrafos de Alenquer unidos pela arte de transmitir emoções
A fotografia é uma arte que faz parte da vida de José Gomes, Nuno Rodrigues e Emanuel Cipriano. Quis o destino que os três fotógrafos de Alenquer se unissem para uma residência artística, que acabou por dar em amizade. O MIRANTE esteve à conversa com os fotógrafos a propósito do Dia Mundial da Fotografia que se assinala hoje, 19 de Agosto.
A Inteligência Artificial não consegue reproduzir a essência de um sorriso. Esta é a convicção de José Gomes, que descobriu a fotografia em 1983, incentivado por um colega.
Militar reformado da Força Aérea, aos 20 anos comprou a primeira máquina fotográfica analógica, uma reflex de 35 MM, que ainda guarda.
Moinhos, papoilas, girassóis, praias e paisagens eram o seu disparo favorito. Agora emociona-se com pessoas.
Do grupo faz parte Nuno Rodrigues, 49 anos, que recorda com carinho José Abreu, pai de um tio, que há 30 anos lhe incutiu o gosto pela imagem. A trabalhar com o pai num stand de motas lembra-se de ir para os calabouços da drogaria ver as fotografias dos anos 40 aos anos 70 e ficar fascinado. “Na minha primeira máquina, para revelar um rolo com 36 fotografias, custava três contos e 600. A expectativa era grande entre o momento que mandamos revelar e a espera até vermos o que saia dali”, relembra.
A fotografia está banalizada pelos meios digitais e pelo telemóvel.
Mas os usuários não são fotógrafos, querem uma imagem e carregam no botão. “Quem não percebe de fotografia pode tirar uma fotografia boa e bonita mas não vai entender como fez essa fotografia. Essa é a diferença entre quem sabe e conhece”, defende Emanuel Cipriano, 37 anos, fotógrafo profissional.
Fascinado pelos métodos de fotografia analógica e processos alternativos, o formador de fotografia e artista conta que o regresso ao passado tem atraído cada vez mais adeptos até porque hoje em dia há muita competição no meio digital.
*Notícia para conferir na íntegra na edição impressa de O MIRANTE