Cultura | 19-08-2024 21:00

Rancho “Os Camponeses” de Minjoelho são uma referência cultural em Tomar com 47 anos

Rancho “Os Camponeses” de Minjoelho são uma referência cultural em Tomar com 47 anos
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Rancho “Os Camponeses” de Minjoelho começou como uma brincadeira de Carnaval e não tem parado de crescer

O Rancho Folclórico “Os Camponeses” de Minjoelho nasceu em 1977. O que começou como uma brincadeira de Carnaval é actualmente uma referência em Tomar na conservação das tradições. A associação tem perto de meia centena de elementos e conta com um grupo infantil, que funciona como uma escola de folclore.

Todas as sextas-feiras à noite, durante a época de Verão, o grupo do Rancho Folclórico “Os Camponeses” de Minjoelho reúne-se na Associação Cultural Recreativa e Desportiva de Minjoelho para ensaiar e conviver. Composto actualmente por perto de meia centena de elementos, conta já com 47 anos de existência. A associação nasceu a 15 de Fevereiro de 1977, na aldeia de Minjoelho, e o seu começo foi tudo menos convencional. Começou por ser uma brincadeira de Carnaval, que depois se tornou em algo mais importante. O grupo surgiu com o objectivo de recuperar as vivências e as tradições de quem morava na aldeia de Minjoelho. O MIRANTE esteve presente num dos ensaios e testemunhou todo o trabalho de preparação que é feito, assim como o espírito de família que se vive no grupo. O presidente da associação, Ricardo Nunes, a sua esposa, Vera Nunes, e a responsável pelo grupo infantil, Lara Gaspar, são os principais rostos do rancho folclórico e os dirigentes que têm feito a diferença na dinamização da colectividade.
Ricardo Nunes tem 43 anos e é presidente do rancho há cinco anos, altura em que o grupo se tornou numa associação. Cresceu em Minjoelho com os seus pais e a sua família, tendo entrado para o grupo com apenas 13 anos. Ricardo Nunes mora em Tomar, mas trabalha como recepcionista em Leiria numa empresa automóvel. A esposa de Ricardo Nunes também faz parte do rancho, assim como os seus dois filhos. Em conversa com O MIRANTE, explica que a maior parte dos elementos do grupo são jovens, sendo que apenas a “Tocata” é composta por elementos mais velhos, que devido à idade já não conseguem dançar. Dos cerca de meia centena de elementos do grupo, poucos são de Minjoelho. Ricardo Nunes explica que a maior parte dos participantes são pessoas que vêm dos arredores: “alguns vêm por opção, outros com familiares e acabam por gostar e ficam aqui connosco a dançar. Somos um grupo amador, mas que procura fazer um trabalho o mais profissional possível”, garante o dirigente.
O elemento mais velho do grupo tem 73 anos, tendo sido uma das fundadoras do rancho. Já o mais novo tem apenas sete anos. Ricardo Nunes conta que o grupo participa em muitos eventos no concelho de Tomar, mas que também actuam por todo o país. “Fazemos trocas com outros grupos, eles vêm ao nosso festival, que acontece uma vez por ano, e nós depois vamos às terras deles”, explica. No que toca a apoios, Ricardo Nunes refere que o apoio dado pela Câmara Municipal de Tomar, inserido no programa de associativismo, é pouco e que, por isso, o grupo é obrigado a realizar actividades para angariar dinheiro. “Qualquer deslocação que o rancho faz custa bastante dinheiro, na manutenção de trajes, manutenção do edifício onde ensaiamos, se não fizéssemos actividades para angariar dinheiro, chegávamos ao fim do ano e não havia verbas”, sublinha.

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