Ruben El Pavoni: “Ser músico em Portugal ainda é visto como um hobbie”
Ruben El Pavoni cresceu no meio dos instrumentos musicais e nunca quis ser outra coisa na vida senão músico. Em Portugal, diz que a profissão não é encarada com seriedade e sente-se mais valorizado no estrangeiro.
Apaixonou-se por Benavente, terra para onde regressa no final das tournées internacionais, e no Dia do Artista, que hoje se assinala, apela à valorização do trabalho dos músicos.
Nos anos 90 ser músico era associado a toxicodependentes e a um mundo de boémia. A opinião é do músico Ruben Santos, conhecido no meio artístico por Ruben El Pavoni. Ainda hoje, aos 44 anos, sente que em Portugal o seu trabalho não é respeitado e quando explica que é músico associam sempre a um hobbie e não a uma profissão.
Cresceu em Moscavide e começou a tocar bateria aos oito anos. Passou a infância no meio dos instrumentos e ensaios, com o pai, também ele músico, uma das suas influências. Há três décadas começou a tocar baixo e o seu instrumento principal é o baixo eléctrico. Toca contrabaixo, harmónica, guitarra e canta. Nunca quis ser outra coisa na vida senão músico.
Estudou em Tomar, viveu na Póvoa de Santa Iria, Vialonga, até se mudar definitivamente para Benavente em 2011. “Apaixonei-me pela terra. Fui muito bem recebido. Todas as pessoas sabem quem sou e cumprimento toda a gente na rua”.
Na carreira musical contam-se algumas bandas de bares, artistas nacionais e internacionais. Dentro dos Blues tocou com nomes americanos como Glenn Kaiser, Alvon Johnson e John Nemeth. Desde 2012 toca contrabaixo em bandas de Rockabilly como The Wine-a-billy Rollers, AJ & the Rockin trio, Texabilly Rockets e Roy Dee & The Spitfires onde tem tocado por todo o mundo nos mais diversos festivais de Rockabilly, assim como a acompanhar artistas internacionais em festivais desde Las Vegas, Barcelona, Eslovénia, Itália, Alemanha e França.
*Artigo para conferir na íntegra numa edição impressa de O MIRANTE.