Cultura | 26-08-2024 18:00

Sociedade Filarmónica União Samorense com aulas de piano, guitarra, canto e violino

Sociedade Filarmónica União Samorense com aulas de piano, guitarra, canto e violino
TEXTO COMPLETO DA EDIÇÃO SEMANAL
O dirigente associativo Henrique Salvador acompanhou crianças do ATL da ADIC em Samora Correia

A Sociedade Filarmónica União Samorense (SFUS) proporciona um primeiro contacto com a música e os instrumentos da banda aos mais novos. Crianças do ATL da ADIC aprendem com jovens da associação do concelho de Benavente.

A Sociedade Filarmónica União Samorense (SFUS) está a dinamizar um conjunto de actividades musicais destinadas a crianças que estão a ocupar o seu tempo livre nas férias de Verão e durante o período de interrupção lectiva. Uma das mais recentes actividades ocorreu entre os dias 6 e 14 de Agosto. A iniciativa, realizada na sede da SFUS, envolveu alunos do 5.º, 6.º e 7.º ano de escolaridade que tiveram um primeiro contacto com o mundo da música e com os instrumentos da banda filarmónica de Samora Correia.
Henrique Salvador, segundo-secretário e responsável pela música na SFUS, referiu que esta actividade com crianças do ATL da Associação para o Desenvolvimento Integrado da Criança (ADIC) procurou “dinamizar a música e dar a conhecer a colectividade às gerações mais novas”. O sucesso da actividade conta com o empenho de jovens músicos da SFUS, que actuam como “professores” para as crianças. Os petizes conheceram os instrumentos da banda, mas também ouviram a história da SFUS, aprendendo sobre as várias actividades que esta sociedade centenária oferece.
“Contamos a história da banda e das outras actividades que temos, como o teatro, a natação, a pesca desportiva, a tuna, o rancho folclórico ou, mais recentemente, o ballet. Além disso, somos a primeira sociedade no distrito de Santarém a oferecer ginástica rítmica”, explica Henrique Salvador, destacando o papel da SFUS como uma colectividade versátil.
O ensino da música na SFUS é gratuito, sendo a única condição para os alunos a necessidade de serem sócios. A sociedade oferece aulas de diversos instrumentos e uma orquestra juvenil que permite aos mais novos aprenderem a tocar em grupo. “Quando o maestro e os professores acham que o músico já está pronto, ele entra para a banda”, explica Henrique Salvador. Actualmente, a SFUS prepara-se para alargar a sua oferta formativa, introduzindo aulas de piano, guitarra, canto e violino, instrumentos que não fazem parte da banda filarmónica, mas que visam ampliar a formação dos alunos.
O jovem dirigente associativo destaca a importância destas iniciativas para revitalizar e assegurar a continuidade das sociedades filarmónicas, sublinhando que a SFUS, com 103 anos de história, se orgulha de ver as crianças envolvidas nas suas actividades. “Ver as crianças dentro da colectividade significa que esta não está afastada da terra. A sociedade existe para servir a localidade e temos de procurar trazer as pessoas para cá”, afirma, recordando os tempos em que as colectividades eram o centro de convívio das populações.
Henrique Salvador lembra ainda que a SFUS tem uma longa tradição, com pessoas de todas as idades a integrar a banda, que actualmente conta com cerca de 40 músicos, com idades compreendidas entre os 8 e os 70 anos. A renovação constante dos músicos é uma necessidade. “Sabemos que as pessoas desistem por este ou aquele motivo, por isso temos de estar constantemente a formar novos músicos”, frisa.
A SFUS conta ainda com uma equipa de cinco professores que asseguram a formação musical, um maestro para a orquestra juvenil e outro para a banda filarmónica. Em breve, a sociedade vai contar com mais um professor de formação musical. No futuro, a SFUS pretende alargar as actividades a mais crianças, em colaboração com a Câmara Municipal de Benavente e outras instituições de ATL, com o objectivo de envolver o maior número possível de jovens nas suas iniciativas. “Queremos chegar cada vez mais perto das pessoas”, concluiu Henrique Salvador.
A 10 de Maio de 1921 foi criada a Sociedade Filarmónica União Samorense (SFUS), graças ao empenho e dedicação de José de Oliveira Rato, do professor Neves e de João Pedro Fernandes. Os três fundadores da colectividade formaram a banda filarmónica que ficou a cargo do maestro António Almeida e Oliveira e foi sobre a regência deste que se produziram as primeiras actuações. A história centenária da SFUS marca também a da freguesia de Samora Correia. A colectividade resistiu à Segunda Guerra Mundial, apesar de ter parado a actividade, ao regime ditatorial do Estado Novo e a outros períodos conturbados da história.

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