Livros da cabine de cultura de Vila Franca de Xira roubados no dia a seguir à inauguração
Ideia era disponibilizar vários livros à comunidade para esta poder ler enquanto estivesse no jardim sem necessidade de ir à biblioteca mas os livros não chegaram a estar 24 horas no local. Já foi apresentada queixa na polícia.
Não sobrou um para amostra: todos os livros que a Junta de Vila Franca de Xira colocou à disposição da comunidade no jardim Constantino Palha, numa nova “Cabine de Cultura”, foram roubados no dia a seguir à inauguração. Uma situação que entristece o executivo da junta e tem gerado revolta na comunidade. A O MIRANTE o presidente da junta, Ricardo Carvalho, confirma o roubo dos livros e diz já ter apresentado queixa na Polícia de Segurança Pública.
A cabine foi inaugurada na sexta-feira, 13 de Setembro e no dia a seguir já nenhum livro estava nas prateleiras. Este tipo de projectos é feito com sucesso noutras cidades europeias mas em Vila Franca de Xira os livros estiveram pouco mais de 24 horas no local sem serem roubados. Uma situação idêntica ao que acontecera em Alhandra, onde os livros também foram roubados e alguns, por estarem carimbados, acabaram por ser encontrados à venda em feiras e mercados de velharias em Lisboa.
A ideia da cabine de cultura de Vila Franca de Xira nasceu depois da junta de freguesia ter encontrado no seu estaleiro, ao abandono, uma antiga cabine telefónica, que foi recuperada pelos trabalhadores da junta e colocada no jardim Constantino Palha. Nela foram colocados três dezenas de livros, de estilos diferentes, para quem quisesse ler enquanto usufruía do jardim. “É um espaço onde cada cidadão pode recolher ou deixar um livro, ou ainda melhor, ler no local, num espaço virado para o Tejo e para a lezíria, na zona do Cais, à entrada do Jardim Constantino Palha”, explicava a junta de freguesia. Perante a situação a junta de freguesia vai agora avaliar como manter o equipamento em funcionamento.