Cultura | 18-09-2024 21:00

Quatro colectividades resistem e mantêm tasquinhas durante as festas da Póvoa de Santa Iria

Quatro colectividades resistem e mantêm tasquinhas durante as festas da Póvoa de Santa Iria
Voluntários trabalham no duro para conseguir verbas e dizem que não compensa ter copos recicláveis

Contam-se pelos dedos de uma mão as colectividades que ainda participam nas Festas em Honra de Nossa Senhora da Piedade, na Póvoa de Santa Iria. Ao longo de quatro dias os voluntários de quatro associações da freguesia serviram a população e angariaram verbas para fazer face às suas actividades ao longo do ano.

São cada vez menos as colectividades presentes com tasquinhas nas Festas em Honra de Nossa Senhora da Piedade, na Póvoa de Santa Iria. De ano para ano o número de associações que arriscam trabalhar ao longo de quatro dias atrás do balcão, a servir comida e bebida, tem vindo a diminuir. Por causa da configuração da festa, as tasquinhas ficam instaladas na Quinta Municipal da Piedade, perto do palco.
A Associação Cultural Avieiros da Póvoa de Santa Iria (ACAPSI) é uma excepção e este ano voltou a servir a população com iguarias como choco frito, enguias e camarão do rio. “O valor para estarmos aqui é elevado tendo em conta as condições propostas e o espaço da própria tasquinha. Somos seis pessoas ao longo dos dias e mais quatro pessoas a preparar os pratos. Vamos rodando alguns elementos porque são todos voluntários. Saímos daqui às quatro e cinco da manhã e pouco depois já estamos a amanhar enguias”, contou a O MIRANTE Filipe Madrinha, da direcção da associação.
Na tasquinha do Centro Popular de Cultura e Desporto (CPCD), Paulo Tavares já está de volta do grelhador para começar a servir bifanas e couratos. A esposa, Susana Tavares, dá uma ajuda a confeccionar cachorros e vai tirando as imperiais, e ainda recebe os pagamentos. Rute Dias ajuda no que for preciso.
A Associação de Moradores do Bairro da Soda Póvoa, do Forte da Casa, participou pela primeira fez nas festas da Póvoa de Santa Iria. Habituados a ter tasquinha nas festas do Forte da Casa, decidiram este ano participar pela primeira vez para conseguir angariar mais receitas. Os sete voluntários vão às compras, servem bebidas e confeccionam os petiscos. José Teles Godinho, da direcção da associação, considera que não compensa ter copos recicláveis. “Temos de comprar os copos à caixa, cerca de duas centenas, e vendê-los. O que não vendermos não podemos devolver e só dá para reutilizar noutra altura se a organização das festas for a mesma. Para nós não é rentável”, explica.
Na tasquinha da Tertúlia Passe por Alto serviram-se entremeadas, bifanas, asinhas, couratos e moelas. André Louro, sócio da associação cultural, disse que o vento do primeiro dia de festa afastou as pessoas, assim como o cartaz musical que, comparado ao de 2023, foi mais fraco.

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