Cultura | 29-09-2024 18:00

Marcial Nabantina de Tomar é a associação popular mais antiga do concelho

Marcial Nabantina de Tomar é a associação popular mais antiga do concelho
Colectividade quer continuar a bater o pé às dificuldades

A Sociedade Banda Republicana Marcial Nabantina tem um século e meio de história, num percurso notável ao serviço da cultura e do associativismo. Tomar está agradecida e prestou-lhe tributo na festa de aniversário.

A Sociedade Banda Republicana Marcial Nabantina assinalou os 150 anos de vida com uma sessão solene na sede da colectividade, em Tomar. A sala encheu-se de convidados, autarcas, sócios e representantes das colectividades do concelho, que não quiseram faltar a um momento tão importante. O presidente da direcção, João Victal, começou por recordar todas as pessoas que passaram pela Nabantina ao longo dos 150 anos, acrescentando que “sem amizade, sem respeito, espírito de entrega e partilha de conhecimentos” a associação não tinha chegado onde chegou.
O dirigente não tem dúvidas que o legado deixado por todos aqueles que contribuíram para a história daquela casa terá continuidade, pois o espírito sempre foi o de bater o pé às dificuldades. “A alma desta casa é mais forte e até teimosa, e lá vamos continuando, por vezes mais coxos do que aquilo que gostaríamos”, referiu o presidente da colectividade, que descarta “pessimismos desnecessários” em relação ao futuro, embora não esconda alguns motivos de preocupação. “Se queremos entregar estas casas às novas gerações, a manterem-se as exigências a que somos obrigados a cumprir, as dificuldades a que somos sujeitos, será cada vez mais difícil continuar”, sublinhou.
O presidente da Câmara de Tomar, Hugo Cristóvão, realçou a importância da Nabantina para Tomar, referindo que é a associação de cariz popular mais antiga do concelho. O autarca mencionou que as associações acrescentam muito à qualidade de vida dos cidadãos e à oferta no território, tornando-o mais competitivo e diferenciado. “A Nabantina continua a ter um papel muito importante, por tudo isto, mas também por ter este espaço disponível aqui na zona mais antiga da nossa cidade e do nosso concelho”, sublinhou.
O presidente da Confederação Portuguesa das Colectividades de Cultura, Recreio e Desporto, Augusto Figueiredo, não poupou nos elogios à Nabantina, referindo que a colectividade “não é apenas uma banda, é muito mais do que isso, é um tesouro social, cívico, democrático, voluntário e benévolo”. O presidente da Confederação referiu que não podia deixar de homenagear a colectividade. “Para nós é um orgulho ser nossa sócia, é das sócias pioneiras”, disse, acrescentando que “o movimento associativo de Tomar é fortíssimo, porque há cumplicidades que transformam e o movimento associativo é uma força transformadora”.
A noite ficou completa com a actuação da banda, a entrega de diplomas e outros tributos a elementos da banda, não faltando o corte do bolo de aniversário acompanhado de um pequeno beberete. As comemorações dos 150 anos da Nabantina prolongam-se até 2025.

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