Casa do Povo de Fátima é uma referência na comunidade com 500 sócios
A Casa do Povo de Fátima foi uma das primeiras associações de Fátima, tendo sido fundada em 1969. Actualmente conta com cerca de 500 sócios activos e tem como principal objectivo promover actividades para a população local. O MIRANTE visitou a sede da colectividade e falou com a presidente da direcção, Estela José.
A Casa do Povo de Fátima, fundada em 1969, assume um papel importante na localidade e oferece um vasto leque de actividades para os sócios, das quais se destaca o rancho folclórico, o projecto mais antigo da colectividade. Para o futuro já há projectos pensados, como a reabilitação de uma antiga escola primária. O MIRANTE esteve na sede da colectividade e falou sobre estes temas com a presidente da associação.
Estela José tem 36 anos, é natural do concelho de Ourém, trabalha como educadora social numa casa de acolhimento para crianças e jovens em Fátima e foi eleita presidente da direcção da Casa do Povo de Fátima em Março deste ano. Começou por fazer parte do rancho folclórico quando tinha 12 anos e aí se manteve até entrar na faculdade. Mais tarde, quando já estava a trabalhar, decidiu retornar ao rancho, continuando até hoje. Recentemente assumiu a direcção da colectividade, depois de lhe ter sido feita a proposta. “Estive muito reticente, não queria, mas acabei por assumir e não estou arrependida”, admite.
A dirigente assume que a associação tem um “peso grande” em Fátima, contando que, inicialmente, atravessou um período complicado, nos anos 70, quando o Estado quis acabar com as Casas do Povo. “Houve aqui uma luta grande por parte do fundador, Luís Vieira Marques, que era uma pessoa de ideias fixas. Ele meteu na cabeça que queria ajudar Fátima e assim o fez, conseguiu que fosse feita uma revisão de estatutos e assim a Casa do Povo de Fátima sobreviveu”, explica.
Actualmente, a associação conta com cerca de 500 sócios activos, de todas as idades. As actividades que disponibiliza são diversas, como folclore adulto e infantil, kizomba, danças latinas, zumba, karaté, vários tipos de ginástica, pilates, entre outras. “Por ano temos cerca de 200 inscritos nas actividades”, revela Estela José. O rancho é a actividade mais antiga da associação, tendo comemorado recentemente 47 anos. Para além de todas estas actividades, existe ainda um convívio anual para os sócios, que acontece sempre no dia 25 de Abril. “Aos pouquinhos vamos tentando que todas as pessoas que participam nas nossas actividades se sintam parte da casa”, sublinha a presidente.
Uma colectividade com futuro e projectos em carteira
Estela José vê com bons olhos o futuro da colectividade. “Ainda que com as dificuldades normais que uma associação enfrenta, somos todos voluntários, mas damos o nosso melhor a nível de disponibilidade”, diz. Através de contrato de comodato com a Câmara de Ourém, a antiga escola EB1 de Fátima foi cedida à Casa do Povo de Fátima, não estando actualmente a ser aproveitada pela associação, embora esse seja um dos projectos pensados para o futuro. “A escola está muito degradada, nós queremos reabilitá-la. O objectivo a médio/longo prazo é fazer ali um projecto interessante, algo que não seja apenas uma extensão das nossas salas, mas algo que possa trazer as pessoas cá e eventualmente alguma verba para a associação”, refere.
A sede da Casa do Povo de Fátima conta com diversas salas para actividades, balneários, bar, entre outras comodidades, oferecendo assim as melhores condições aos seus sócios. “Este espaço é da Casa do Povo, tudo o que foi feito foi com trabalho das anteriores direcções, começou com uma casa pequena, houve uma direcção que fez obras, e aos poucos, todos os anos, tem sido sempre feita alguma melhoria”, explica Estela José.