Bienal de Coruche coloca arte e território em diálogo
Dez artistas criaram obras inspiradas na identidade coruchense. Exposições, oficinas, performances, concertos e visitas guiadas compõem o programa do evento.
A 11.ª edição da Bienal de Coruche, com abertura oficial marcada para as 15 horas de 19 de Outubro, destaca-se pela diversidade artística e pela reflexão em torno da identidade e desafios do território.
Sob o tema “Território”, o evento reúne criadores de várias disciplinas artísticas, convidando o público a experienciar a arte contemporânea em diálogo com a comunidade e os espaços do concelho.
Com um programa variado de actividades que decorrem até 3 de Novembro, a Bienal inclui exposições, performances, oficinas e visitas guiadas, explorando valores como a memória colectiva, a arte e as questões sociais e ambientais contemporâneas.
A Bienal já iniciou as suas actividades a 30 de Setembro com as Residências Artísticas, que decorreram até 13 de Outubro, nas quais 10 artistas exploraram e criaram obras inspiradas no território, que serão expostas no Museu Municipal e no Pavilhão Multiusos. Além disso, projectos colaborativos, como “Salão Arbóreo” e “A Árvore” (da Escola Profissional de Coruche), já estão em exibição em vários pontos de Coruche, envolvendo artistas, escolas e associações locais. A Galeria do Mercado será palco, entre 19 de Outubro e 10 de Novembro, das exposições "Territórios", "Ofício do Carvão" e "Diários de Coruche", que abordam as raízes culturais e históricas da região.
O itinerário expositivo, que começa no Museu Municipal, promete uma viagem por diversos locais emblemáticos da vila, com intervenções artísticas que cruzam tradição e contemporaneidade. A 19 de Outubro, além da inauguração, destaca-se a performance aérea “Voar mais alto que os pássaros”, no Pavilhão Multiusos, seguida de um concerto da Sociedade Instrução Coruchense com a “Sinfonia n.º SIC”, do artista residente José Eduardo Rocha.
A Bienal de Coruche tem um forte carácter inclusivo, promovendo a participação activa do público com oficinas e actividades interactivas. A artista residente Antónia Labaredas dinamiza a “Rota Antifascista”, um percurso que relembra os esforços em prol da liberdade antes do 25 de Abril. Além disso, Antónia Labaredas estará à frente de workshops de cerâmica nos dias 1 e 2 de Novembro. A 20 de Outubro destaca-se ainda o workshop de tecelagem em papel com Margarida Marques e, de 24 a 25 de Outubro, as oficinas de pintura de azulejos.
De 21 a 24 de Outubro, estão programadas visitas orientadas para o público escolar, com uma visita nocturna agendada para 23 de Outubro. A Bienal celebra ainda o Dia Municipal da Igualdade a 24 de Outubro, com a exibição de curtas-metragens de animação do projecto “Elas Fazem Filmes”, no Pavilhão Desportivo. No capítulo cinematográfico, haverá também projecções de filmes como “Mar Infinito”, de Carlos Amaral, e uma sessão de curtas com a presença dos realizadores a 1 de Novembro.
A 26 de Outubro, a caminhada performativa e workshop “Caminha para um Lugar de Força” será dinamizada por Sara Anjo, com início na Praia Fluvial. No dia 2 de Novembro, a Bienal promove a conversa “Territórios não Cartografados”, sobre a produção artística em contextos periféricos, contando com a participação de vários artistas e curadores. O dia termina com um espectáculo musical da banda Laefty Lo, que integrará também uma oficina de danças tradicionais europeias.
O encerramento da Bienal acontece a 3 de Novembro, com o lançamento do catálogo oficial do evento e uma actuação intimista de Tiago Sami Pereira, que se dedica ao estudo da percussão tradicional portuguesa, marcando o fim de uma edição que celebra a arte como plataforma de diálogo cultural, social e ambiental.