Aprender a lidar com as diferenças e a enfrentar obstáculos nos escuteiros de Santarém
O encontro do Agrupamento 52 de Santarém marcou a abertura do ano escutista 2024/2025. A cerimónia ficou marcada pelas passagens de secções que simbolizam uma nova etapa para os jovens escuteiros.
Ser escuteiro é aprender a lidar com as diferenças, obstáculos e trabalhar com o melhor que cada pessoa tem. Quem o diz é a chefe de secção do Agrupamento 52 de Santarém, Alzira Ferreira, acrescentando que ser escuteiro “é muito mais que fazer nós com uma corda”. Num ambiente de partilha e acolhimento, Alzira Ferreira e o chefe do agrupamento, Luís Ferreira, deram as boas-vindas ao novo Ano Escutista 2024/2025 do Agrupamento 52 do Corpo Nacional de Escutas, juntamente com toda a comunidade de escuteiros. A cerimónia decorreu na Antiga Escola Prática de Cavalaria, este ano sob o mote “Esperança-Responsabilidade”. Comemorado a 5 de Outubro, o evento acolheu os jovens e respectivas famílias, num encontro cujo principal objectivo foi a passagem e o crescimento de muitos para uma nova etapa.
O evento iniciou com uma formatura geral de todas as secções para a abertura solene e para o canto do hino nacional. Seguiu-se o esperado momento do “Salto à Corda” para os lobitos, exploradores, pioneiros, caminheiros, dirigentes e candidatos a dirigentes. Este é o símbolo escolhido para um escuteiro fazer a passagem entre duas secções no agrupamento. O dirigente do Agrupamento 52, Luís Ferreira, explica que a velocidade com que dá corda representa a dificuldade entre as secções, que vai aumentando à medida que as idades também aumentam. “Ao saltarem à corda, são novos os desafios e companheiros de aventuras que os aguardam”, completa.
No escutismo, as crianças e os jovens desenvolvem integralmente as suas capacidades, para que se tornem membros activos e responsáveis na comunidade. A chefe de unidade, Alzira Ferreira, acredita que o escutismo “consegue dar às crianças aquilo que hoje em dia as exigências não permitem, como o trabalhar em campo, a entreajuda e o aprender a ultrapassar obstáculos”. A chefe de clã acredita que existe, hoje em dia, uma sociedade onde tudo acontece de maneira rápida, “e as pessoas não são educadas a lidar com contrariedades, o que é um problema”. Alzira Ferreira refere ainda que o exemplo dos mais velhos é a melhor motivação para os mais novos.
No final da cerimónia das passagens, seguiu-se o tradicional lanche partilhado e a Eucaristia de abertura do Ano Escutista na Igreja de Marvila. O Agrupamento 52 do Corpo Nacional de Escutas dedica-se há 78 anos à formação e educação de jovens do concelho e arredores.