Arte e comunidade de mãos dadas na Bienal de Coruche

A Bienal de Coruche decorre em vários espaços da vila de Coruche e leva a arte à rua nas suas diversas formas de expressão e valoriza a identidade local. Território é a palavra que é fio condutor da iniciativa cultural.
A 11.ª edição da Bienal de Coruche arrancou no dia 19 de Outubro, com a inauguração no Museu Municipal, reunindo trabalhos de dez artistas que, em estreita colaboração com a comunidade, apresentam obras que reflectem a identidade local. Sob o tema “Território”, a bienal coloca em destaque as artes visuais nas suas mais variadas formas, com instalações, pintura, desenho, vídeo, fotografia, música e tapeçaria, espalhadas por quase uma dezena de espaços expositivos em Coruche.
Com curadoria de André Banha e Carmo Moser, os dez artistas foram seleccionados de um conjunto de 40 candidatos, tendo trabalhado durante as últimas três semanas em estreita ligação com as comunidades locais. O evento, que se estende até 10 de Novembro, visa promover o diálogo entre os artistas, os habitantes e outros profissionais das artes visuais.
O presidente da Câmara de Coruche, Francisco Oliveira, sublinha a importância deste evento na valorização da identidade local. “A intenção é valorizar aquilo que é nosso, a relação que o território tem com a paisagem, a natureza e o ambiente, mas também interligando a identidade de um povo e a ruralidade. Os artistas agarraram este conceito e realizaram os trabalhos nas nossas freguesias durante as residências artísticas”, destaca.
Além dos artistas convidados, o projecto “Envolvências Locais” desempenha um papel essencial na integração da comunidade, envolvendo associações, escolas e habitantes com registos históricos e patrimoniais do concelho, que serviram de inspiração para algumas criações. Para Francisco Oliveira, a bienal não se limita a ser um evento temporário. “É sempre um objectivo da bienal trazer a arte para a rua, deixando até algumas instalações de forma perpétua, como um registo do que vamos fazendo pela arte e pela cultura”, vinca o autarca.