Escultura do Tribunal de Benavente renasce com investimento de 52 mil euros
Restauro de conjunto escultórico, composto por nove figuras, está situado junto à fachada principal do Palácio da Justiça de Benavente.
A empreitada de conservação e restauro do grupo escultórico da fachada do Palácio da Justiça de Benavente, da autoria da escultora Dorita de Castel-Branco, foi concluída, revelou a semana passada o Instituto de Gestão Financeira e Equipamentos da Justiça (IGFEJ). A intervenção, que decorreu até ao Verão deste ano, teve como principais objectivos a conservação, consolidação e restauro das zonas danificadas da peça, representando um investimento de cerca de 52 mil euros do Ministério da Justiça.
O projecto de restauro, desenvolvido por técnicos do IGFEJ, foi adjudicado a Marta Maria Stichaner Lacasta de Macedo, especialista em conservação, e ao técnico de conservação e restauro Pedro Braga. O trabalho, descrito como minucioso, visou garantir a preservação desta peça, considerada única no panorama nacional e uma das mais distintivas da rede de tribunais portugueses.
O conjunto escultórico, realizado em betão armado de alto relevo, é composto por nove figuras, com a figura central a simbolizar a Justiça e as restantes a representar o povo. Dorita de Castel-Branco, uma das mais destacadas escultoras portuguesas do século XX, deixou nesta obra um testemunho da sua busca por novos desafios, ao utilizar o betão armado, material invulgar para a época. A peça, intitulada “Justiça, primeiro nome da verdade”, possui 2,5 metros de altura e 5,6 metros de largura.
A obra faz parte do catálogo online de arte dos tribunais portugueses, que foi disponibilizado no dia 28 de Outubro pela Direcção-Geral da Administração da Justiça. O Palácio da Justiça de Benavente foi inaugurado em 1982, resultado de um projecto de arquitectura de Sérgio Gomes. Na sala de audiências está exposta outra obra de Dorita de Castel-Branco, um esgrafitado designado por “O Juiz e os Jurados”.