Arruda dos Vinhos aumenta valor do prémio Irene Lisboa
As obras candidatas podem ser apresentadas e enviadas pelos autores ou as editoras até 20 de Dezembro e a entrega do prémio ocorre em 2025.
O município de Arruda dos Vinhos vai aumentar o valor do prémio literário Irene Lisboa, que este ano será de 5.000 euros. O concurso, como o presidente do município, Carlos Alves, já tinha informado, vai receber uma nova roupagem este ano para galardoar trabalhos nas áreas de conto ou pedagogia.
O júri da edição deste ano é composto por Paula Morão (professora emérita da Universidade Clássica de Lisboa), Isabel Talysha-Soares (professora do Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas de Lisboa) e Inês Fonseca Santos, jornalista e escritora. Podem participar todos os cidadãos portugueses natos ou naturalizados, bem como estrangeiros cuja situação de permanência no país esteja legalizada. As obras candidatas podem ser apresentadas e enviadas pelos autores ou as editoras até 20 de Dezembro, através da submissão de cinco exemplares para a Biblioteca Municipal Irene Lisboa, mencionando a candidatura ao prémio. A divulgação dos resultados acontecerá a 12 de Setembro do próximo ano, estando agendada para 23 de Setembro a cerimónia de entrega dos prémios. Segundo o requerimento são admitidas obras editadas no ano anterior. No caso de ensaios de pedagogia podem ser enviados artigos que tenham sido editados em revistas ou publicações.
Com a criação do Prémio Literário Irene Lisboa, o município de Arruda dos Vinhos pretende divulgar o nome e a vida de Irene Lisboa, promover o estudo da sua obra, valorizar a língua portuguesa, a cultura e a identidade de Arruda dos Vinhos, criando e consolidando hábitos de leitura, escrita e promoção da escrita criativa.
Irene Lisboa nasceu em Dezembro de 1892 em Arranhó e a sua produção literária divide-se pela poesia, conto, crónica e novela, sempre em tom intimista e autobiográfico. Em sua homenagem, a Federação Nacional dos Professores fundou em Janeiro de 1988 o Instituto Irene Lisboa e a escritora foi agraciada a título póstumo, em Maio de 1989, com o grau de comendador da Ordem da Liberdade. Irene Lisboa morreu em Novembro de 1958 e em Arranhó existe hoje o Museu Irene Lisboa.