Rancho “Os Camponeses” da Peralva continua a preservar e promover as tradições
Colectividade do concelho de Tomar assume-se como uma guardiã da etnografia local e agente de dinamização cultural. Exemplo disso é o festival de folclore que organiza anualmente.
As despesas com a confecção de novos trajes ou com a manutenção dos existentes são uma das dificuldades correntes com que se debatem os ranchos folclóricos e o grupo “Os Camponeses” da Peralva, no concelho de Tomar, não é excepção. Isso mesmo foi vincado por Nuno Fonseca, presidente da direcção da colectividade, que organizou no final de Outubro o seu XXIII Festival de Folclore.
Todos os anos é necessário reformular ou confeccionar novos trajes, conforme a entrada ou saída de novos elementos ou à medida que os corpos vão mudando, assim como sapatos, referiu o presidente do grupo. Nuno Fonseca aludiu também que as exigências para que o grupo se mantenha um fiel representante da época que pretende recriar, obriga a um permanente desafio na motivação dos elementos mais jovens e na persuasão dos mesmos.
No entanto, e apesar das dificuldades que o movimento associativo e etnográfico, em particular, continuam a sentir, “torna-se reconfortante ver nos grupos crianças e jovens que prescindem de uma noite de feira ou fazem mais de 400 quilómetros para estarem no festival”, afirmou o presidente.
A montagem e todo o trabalho de retaguarda que antecede o festival da Peralva leva meses de preparação e obriga a direcção a realizar actividades que o paguem, já que as despesas com os transportes e refeições ficam a cargo dos grupos. O XXIII Festival de Folclore do Rancho Folclórico “Os Camponeses” da Peralva realizou-se no dia 26 de Outubro no Salão Paroquial de Carrazede. Contou com a representação etnográfica de quatro zonas do país: o grupo da casa, o Grupo Folclórico de São Salvador de Macieira da Maia - Vila do Conde; o Rancho Folclórico de Fátima; e o Rancho Folclórico de Loulé.