Mário Cantiga grita em palavras o que a voz não consegue dizer
“44 Inaudíveis Gritos” é o título do segundo livro do ainda presidente da União de Freguesias de Alhandra, São João dos Montes e Calhandriz, Mário Cantiga. São textos poéticos que evitam a política local e se debruçam sobre o mundo e a sociedade.
São gritos de esperança, alma e amor os que se podem ler no segundo livro do presidente da União de Freguesias de Alhandra, São João dos Montes e Calhandriz, Mário Cantiga, que tomou o gosto pela escrita depois da pandemia e de pensar que poderia morrer sem deixar um registo dos seus pensamentos para as gerações futuras.
“Foi a minha infância difícil e uma vida de dificuldades que me levaram a escrever. Tenho um gosto tremendo de viver e um medo tremendo de morrer”, confessou, na apresentação do seu novo livro, “44 Inaudíveis Gritos” no auditório da Junta de Freguesia de Vila Franca de Xira ao final da tarde de sexta-feira, 29 de Novembro. São gritos, segundo Mário Cantiga, que normalmente não tem coragem para dizer e que se prendem com o mundo, o amor e a compaixão. “É uma reflexão sobre o modelo de sociedade em que vivemos, as guerras à nossa volta e a falta de empatia e de olharmos para o mundo com coração. Se gostássemos mais uns dos outros e fossemos menos clubistas vivíamos num mundo melhor”, conta a O MIRANTE. O autarca diz que a comunidade vai ouvindo alguns dos seus gritos, mas que isso nem sempre tem a dimensão e o impacto que gostaria para poder mudar o rumo das coisas. Foi um trabalho que demorou nove meses a escrever. Mário Cantiga diz não ter uma rotina para escrever e que tudo lhe vai saindo aos poucos conforme a inspiração vai surgindo.
* Notícia desenvolvida na edição semanal de O MIRANTE