Cultura | 07-12-2024 15:00

Francisco Fanhais e Carlos Matos Gomes vão à Barquinha falar sobre os 50 anos do 25 de Abril

Centro Cultural da Barquinha vai receber Jornada de história local: 50 anos de 25 de Abril a 13 de Dezembro.

O escritor Carlos Matos Gomes e o cantor Francisco Fanhais vão ser oradores na “Jornada de história local: 50 anos de 25 de Abril”, uma iniciativa que se realiza no Centro Cultural de Vila Nova da Barquinha, a 13 de Dezembro, numa parceria do município com a Associação de Desenvolvimento Cultural “Palha de Abrantes”. O objectivo do evento é realizar uma reflexão em torno do meio século de liberdade em Portugal.
Carlos de Matos Gomes, de pseudónimo Carlos Vale Ferraz, é um Coronel do Exército reformado e um escritor português. Esteve envolvido desde o início na conspiração dos oficiais portugueses que deu origem ao 25 de Abril de 1974. Fez parte da primeira Comissão Coordenadora do Movimento dos Capitães, constituída na Guiné-Bissau no Verão de 1973. Fez parte do Grupo de Oficiais que ocupou o poder na Guiné no dia 26 de Abril de 1974. Foi membro da Assembleia do MFA. Paralelamente à carreira militar desenvolve desde 1982 uma continuada actividade literária. No cinema foi autor do argumento do filme «Portugal SA», do realizador Ruy Guerra; colaborou com Maria de Medeiros no filme «Capitães de Abril» e com Joaquim Leitão nos filmes «Inferno» e «20.13 – Purgatório». Participou na ficção «Conta-me Uma História» de João Botelho.
O ex-sacerdote católico e cantor português de intervenção, Francisco Fanhais nasceu em Praia do Ribatejo, Vila Nova da Barquinha, a 17 de Maio de 1941. Antifascista, inicialmente sacerdote, teve destacada participação contra a ditadura, sobretudo através da música portuguesa de intervenção. Impedido de cantar, de exercer o sacerdócio e de leccionar nas escolas oficiais, emigrou para França em 1971. Entretanto tornou-se militante da LUAR, força revolucionária liderada por Emídio Guerreiro. Regressou a Portugal após o 25 de Abril de 1974 e colaborou nas campanhas de dinamização cultural do Movimento das Forças Armadas. Em 1975 foi um dos participantes no disco República de José Afonso, gravado ao vivo em Itália. Tocou e foi amigo de Zeca Afonso. Dos homens que com Zeca Afonso gravaram o Grândola Vila Morena, em França, é ele o resistente.

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