Cultura | 22-12-2024 12:00

Salvaterra de Magos celebra aniversário da falcoaria como Património da Humanidade

Salvaterra de Magos celebra aniversário da falcoaria como Património da Humanidade
Valkenswaard e Salvaterra de Magos reforçam cooperação em dia de comemorações e nova exposição. fotoDR

Presidente do município de Valkenswaard, nos Países Baixos, esteve em Salvaterra de Magos para reafirmar as boas relações com o município ribatejano relacionadas com a prática da falcoaria. “Falcoaria no Mundo” é uma exposição que pode ser visitada na Falcoaria Real.

A Câmara de Salvaterra de Magos celebrou o oitavo aniversário do reconhecimento pela UNESCO da prática da falcoaria em Portugal como Património Cultural Imaterial da Humanidade. As comemorações, a 1 de Dezembro, contaram com a inauguração da exposição “Falcoaria no Mundo”, dedicada a Salvaterra de Magos e a Valkenswaard, cidade nos Países Baixos com a qual o município ribatejano está geminado desde 1995. Estiveram presentes o presidente de Valkenswaard, Anton Ederveer, a vereadora Mieke Theus e o director do museu da cidade, Kees Streng.
“Foi dessa região que no século XVIII chegaram os mais prestigiados falcoeiros europeus que ficaram aqui na Falcoaria Real ao serviço do rei de Portugal. A presença destes falcoeiros faz parte da história deste edifício setecentista e também da origem de alguns habitantes, na medida em que muitos daqueles se fixaram definitivamente na vila, constituindo família, deixaram descendência”, explicou o presidente da Câmara de Salvaterra de Magos, Hélder Esménio. A segunda edição da exposição “Falcoaria no Mundo” pretende evidenciar a amizade entre os dois municípios, uma relação com perto de três séculos de história.
“A Falcoaria Real é um edifício de inegável valor histórico e arquitectónico, daí que a câmara municipal tenha registado em 2014 a marca Salvaterra de Magos – Capital Nacional da Falcoaria, criado o Centro de Documentação, que reúne um importante espólio bibliográfico e que está ao dispor de quem queira estudar esta temática (...). Ao mesmo tempo tem sido editado um livro para os mais novos, distribuído gratuitamente, dando a conhecer a história e a identidade do concelho”, afirmou Hélder Esménio.
Foi ainda apresentada a transcrição e tradução do manuscrito “Tratados de Falcoaria – colectânea séculos XIV-XVI”, proveniente da antiga Livraria do Convento da Arrábida – Fundação Oriente, um projecto e iniciativa da Câmara de Salvaterra de Magos. A autarquia liderou, em nome de Portugal, a candidatura da prática da falcoaria como Património Cultural Imaterial da Humanidade, juntamente com a Universidade de Évora e a Associação Portuguesa de Falcoaria, tendo conseguido o reconhecimento da UNESCO a 1 de Dezembro de 2016, em Adis Abeba, na Etiópia.

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