Cultura | 22-12-2024 09:46

Vila Franca de Xira prepara-se para o centenário de Carlos Paredes premiando música instrumental

Vila Franca de Xira prepara-se para o centenário de Carlos Paredes premiando música instrumental

Há mais de duas décadas que Vila Franca de Xira honra a memória e o talento de Carlos Paredes promovendo um dos mais importantes concursos nacionais dedicados a premiar apenas trabalhos musicais em língua portuguesa. Este ano venceram os instrumentais, que os músicos lamentam estar fora da programação das televisões e das rádios.

Salvo algumas excepções, a maioria dos grandes canais de comunicação nacionais, como a televisão e a rádio, deixaram de passar música instrumental portuguesa na sua programação e isso é uma ofensa à cultura dos portugueses, lamentou um dos vencedores deste ano do prémio Carlos Paredes em Vila Franca de Xira, Manuel de Oliveira.
Juntamente com Carlos Alberto Moniz, venceram o prémio este ano, ex-aequo, pelos discos “Por esse mar abaixo” e “Ibéria 20/22”. “A música instrumental portuguesa é um lugar difícil em Portugal. Num país com uma riqueza cultural tão vasta e diversa é difícil de compreender como a musica instrumental continua a ser marginalizada por alguns dos nossos meios de comunicação. Existem canais em Portugal que não difundem a música instrumental como critério de programação, o que é medíocre e é penalizante da cultura e inteligência do público português”, criticou Manuel de Oliveira.
Carlos Alberto Moniz, acenando a cabeça em concordância com o colega, agradeceu ao município por manter vivo um prémio que evoca a memória de Carlos Paredes, lembrando a sua afinidade com Vila Franca de Xira. “Estou em casa. Costumo andar nas festas do Colete Encarnado e tenho aqui muitos bons amigos. Só temos de agradecer o apoio que têm dado à música portuguesa”, afirmou, na cerimónia de entrega do prémio que se realizou na tarde de sexta-feira, 20 de Dezembro, na Fábrica das Palavras.
Em 2025 evocam-se os cem anos do nascimento de Carlos Paredes e Vila Franca de Xira promete não se esquecer da data. “Continuaremos a fazer este prémio e é com muito gosto que o atribuímos pelo 21º ano consecutivo”, notou Fernando Paulo Ferreira, presidente do município, lembrando que se trata de um “pequeno incentivo” para ajudar os músicos portugueses com trabalhos diferenciadores.

* Notícia desenvolvida na edição impressa de O MIRANTE

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