Cultura | 22-01-2025 07:00

Teatro Estúdio Ildefonso Valério de Alverca arranca programação com esperança na legalização

Teatro Estúdio Ildefonso Valério de Alverca arranca programação com esperança na legalização
Foto Armanda Claro/CEGADA

Teatro foi construído depois do 25 de Abril e nunca foi formalmente legalizado, apesar das sucessivas promessas políticas que continuam por cumprir devido à burocracia.

A Companhia Cegada, que dinamiza culturalmente o Teatro Estúdio Ildefonso Valério (TEIV) em Alverca, apresentou publicamente na última semana a programação do teatro para este ano tendo em mente o desejo de ver em 2025 o espaço formalmente legalizado.
O TEIV está envolvido num imbróglio desde que foi construído sem licença logo após a revolução de Abril de 1974 e precisa de obras de melhoria e adaptação para poder obter maiores apoios da Direcção-Geral das Artes. O terreno onde está o teatro integra o domínio público municipal sendo que toda a área do edifício – que inclui também uma cafetaria, outras instalações associativas e um espaço de apoio à limpeza e higiene urbana – é gerido pela União de Freguesias de Alverca do Ribatejo e Sobralinho. O espaço nunca foi formalmente objecto de escritura pela junta apesar de existirem documentos que provam a sua posse. O actual executivo da junta já se mostrou disponível para avançar com a escritura mas apenas quando o estudo prévio e o projecto para o espaço estiver pronto. Para legalizar o espaço é preciso desafectar o terreno do domínio público municipal e integrá-lo no domínio privado municipal implicando para isso a elaboração do estudo prévio e de um projecto, que está em curso desde o ano passado.
Rui Dionísio, director artístico do TEIV, confirma a O MIRANTE que não houve desenvolvimentos na legalização do edifício mas que essa é uma esperança que se mantém nas mentes da equipa cultural que dinamiza o teatro. Na tarde de sábado, 18 de Janeiro, foi apresentada publicamente a programação do TEIV para este ano, que Rui Dionísio diz esperar ser um ano positivo para a cultura.
“Na urgência de virar quase tudo do avesso, o TEIV apresenta este ano um total de 12 novas criações – duas com elencos profissionais e 10 desenvolvidas com instituições de ensino e professores da nossa comunidade – propondo-nos aumentar este espaço de criação para jovens mais críticos, criativos e conscientes que terão de responder aos desafios democráticos do futuro colectivo”, informa Rui Dionísio.

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