Banda da Carregueira continua sem condições e a viver com a “casa às costas”
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Sede da Banda da Carregueira continua com graves problemas estruturais que fazem com que a banda ande literalmente com a casa às costas. Direcção reuniu novamente com executivo da câmara, mas ainda não existe solução final para resolver o problema.
O presidente da Câmara Municipal da Chamusca afirmou que voltou a reunir com a direcção da Banda Filarmónica Carregueirense “Victória” para perceber o que fazer em relação às intervenções na sede da associação, que tem graves problemas infraestruturais que colocam em perigo quem frequenta o espaço. No entanto, embora tenham chegado a um entendimento em relação ao valor necessário para realizar a empreitada, não há prazo nem garantia de que a obra vai arrancar. “Tivemos uma reunião com a direcção para programar o ano de 2025. Tinha pedido para trazerem o que têm do projecto e qual a perspectiva a nível orçamental para conseguirmos chegar a um consenso para uma plataforma de apoio. Estamos a falar de cerca de 300 mil euros”, disse Paulo Queimado em reunião do executivo, acrescentando que sabe “o que custa andar com a casa às costas”.
O autarca da Chamusca, que está a cumprir o último ano como presidente do município da Chamusca, tem sido muito criticado por deixar arrastar um problema que dura há mais de uma década, praticamente desde o início da sua governação. Na sessão camarária, Paulo Queimado admitiu que tem sido difícil “desembrulhar este problema”. “Já nos tínhamos comprometido com os 50% da intervenção. Perguntámos se estavam capazes de contrair empréstimos. Percebemos que não queiram assumir estes compromissos. Mas ainda assim propomos financiar com 200 mil euros. A banda dá 30 mil e a junta dá outros 20 mil. Faltam 50 mil euros”, referiu.
As más relações entre a direcção da banda e o executivo de maioria socialista vieram a público no final de 2023, quando o então presidente da colectividade, Hélder Silva, foi à assembleia municipal pedir satisfações para o facto do município continuar a ignorar os problemas da associação, que não tem instalações próprias nem condições para continuar a desenvolver trabalho junto da comunidade. Entretanto Eduarda Caetano assumiu a liderança da colectividade e poucos meses depois Paulo Queimado veio dizer que “esta nova direcção tem um entendimento diferente da anterior. Quer resolver a questão do telhado para usufruir da infraestrutura, sem precisar de gastar 200 ou 300 mil euros”, disse. Perante as insinuações do autarca da Chamusca, Hélder Silva, em declarações a O MIRANTE, lamenta que Paulo Queimado tenha dito o que disse, recordando que foi o próprio chefe do executivo municipal a incentivar a direcção a elaborar um projecto para que o município pudesse apoiar de forma “legal” as intervenções. Quase um ano depois desta troca de palavras, os problemas da Banda Filarmónica Carregueirense “Victória” mantêm-se inalteráveis.