Artesãs do Entroncamento querem criar associação para combater falta de apoio da autarquia
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Projecto tem até ao momento nove artesãs envolvidas e tem como objectivo criar mais oportunidades para os artesãos do Entroncamento e da região Médio Tejo.
Um grupo de artesãs do Entroncamento está a promover uma angariação de fundos para a criação de uma associação que defenda os interesses de quem desenvolve a actividade. Cesarina Conceição é uma da porta-voz do grupo e afirma a O MIRANTE que o desejo de criar a associação já é antigo e que agora “finalmente” conseguiu convencer e ter o apoio de outras artesãs para dar início ao projecto. A artesã adianta que o objectivo da associação é criar um “espaço de partilha” e promoção do artesanato, com feiras, workshops e outras oportunidades para todos os artesãos “crescerem juntos”, visto que actualmente há “falta de apoios” ao artesanato por parte do município do Entroncamento.
Com o nome “Associação de Artesãs do Entroncamento e Médio Tejo”, o grupo espera aumentar a sua aérea de influência para além do Entroncamento, havendo já cinco mulheres na associação que são de fora do concelho. Entre as nove artesãs, duas são de Vila Nova da Barquinha, uma é de Constância, uma é de Meia Via (Torres Novas) e quatro são do Entroncamento.
De momento, as artesãs pertencentes à associação são Cesarina Conceição, que cria peças em macramé, croché e costura criativa; Patrícia Vicente, que cria sabonetes decorativos e perfumados; Purificação Veigas, que trabalha com patchwork, produzindo colchas, toalhas, almofadas, entre outros; Maria da Luz Costa, que cria peças sustentáveis, transformando jornais e revistas em artigos únicos; Sara Messias, que se dedica à bijuteria artesanal; Carla Mesquita, que faz artigos elaborados em crochê, feltro, tecidos e materiais reciclados; Paula Reis, que faz bruxinhas e fadas em feltro e lã; Ana Gonçalves, que trabalha com ponto de cruz e crochet e Júlia Meireles, que cria peças de bijuteria, artigos em crochê e também de cortiça.
Patrícia Vicente é uma das fundadoras do projecto e afirma que apesar de este ser um “sonho” das artesãs, a associação tem também o intuito de dinamizar a cidade e concelho do Entroncamento, através de eventos culturais e da “valorização do talento local”, tornando assim a cidade “mais atractiva e vibrante”.
O dinheiro angariado será para fazer face aos pagamentos do registo da Associação, o Certificado de Admissibilidade e registos complementares ou taxas que possam surgir durante o processo formal da associação. As pessoas interessadas em ajudar poderão também fazer donativos ao entrar em contacto com alguma das artesãs, havendo vários descontos para quem contribuir.