Oferta de bilhetes para o circo dá confusão em Arruda dos Vinhos
Circo instalou-se na vila e ofereceu dois mil bilhetes às crianças das escolas do primeiro ciclo mas a oferta não chegou a todos e gerou revolta na comunidade. Município diz que foi alheio ao problema.
A forma como foram distribuídos e oferecidos dois mil bilhetes para o circo entre as crianças do concelho de Arruda dos Vinhos deu polémica e revolta na comunidade na última semana, tendo já merecido reparos da associação de pais e encarregados de educação de Arruda dos Vinhos.
Em causa esteve a instalação na vila, junto ao pavilhão multiusos, de um circo que ofereceu dois mil bilhetes às crianças das escolas do concelho para estas poderem ver gratuitamente o espectáculo. O problema, dizem os pais, é que os bilhetes não chegaram a todas as crianças. “Percebemos que só depois do evento foram atribuídos bilhetes às crianças do centro escolar de Arruda, não na escola do Telheiro, Santiago nem Arranhó. A ser verdade que os bilhetes foram uma contrapartida pela isenção de taxas cobradas ao dinamizador do circo, então todos os municípes abdicaram de parte dessa receita e faria sentido que todos os alunos dos centros escolares tivessem acesso a estes bilhetes”, criticou Benjamim Pitacho, presidente da direcção da associação de pais e encarregados de educação de Arruda dos Vinhos.
Também Sandra Lourenço, vereadora do PSD, condenou a situação em reunião de câmara, considerando-a lamentável e um absurdo. Já o presidente da câmara, Carlos Alves (PS), diz concordar que não hajam filhos e enteados no concelho. “Quando soubemos que os bilhetes não tinham chegado a todos entrámos em contacto com o circo e eles admitiram o erro de não terem deixado bilhetes no centro escolar do Telheiro. Mas garantiram que em Santiago e Arranhó os bilhetes foram entregues”, explica.
Segundo o autarca, o município contactou as coordenadoras desses dois centros escolares que disseram à câmara nunca ter visto os bilhetes. “Santiago e Arranhó é um mistério, ninguém sabe explicar o que aconteceu aos bilhetes, nem as coordenadoras, nem o director nem ninguém. Eles foram entregues mas depois não foram distribuídos pelas crianças, o que lamento que tenha acontecido”, criticou Carlos Alves.
O autarca esclareceu ainda que a redução de taxas cobradas ao circo não foi uma contrapartida pela oferta dos bilhetes mas que decorre do próprio regulamento municipal. “Foi pelo tipo de espectáculo e não pelos bilhetes. Uma coisa não tem nada a ver com a outra. Nessa confusão com a entrega dos bilhetes a câmara é totalmente alheia e nada temos a ver com isso”, lembrou.