Cultura | 01-06-2025 21:00

Clube do Forte da Casa disponível para sair da zona histórica se houver alternativa

Clube do Forte da Casa disponível para sair da zona histórica se houver alternativa
Clube Recreativo do Forte da Casa convidou a comunidade local para debater o futuro da freguesia e a mudança de instalações

A disponibilidade do Clube Recreativo e Cultural do Forte da Casa para mudar de sede foi manifestada numa iniciativa sobre o futuro da freguesia. A colectividade admite sair do reduto histórico das Linhas de Torres, mas só com apoio para construir novas instalações.

A Associação Cívica Os Amigos do Forte defende a mudança de instalações da sede do Clube Recreativo e Cultural do Forte da Casa (CRCFC), localizada junto às muralhas do antigo forte das Linhas de Torres, construído no início do século XIX, durante as Invasões Francesas. A localização tem dificultado a legalização da infraestrutura do clube, impedindo-o de concorrer a apoios do Instituto Português do Desporto e Juventude (IPDJ) e ao Orçamento Participativo Municipal.
O tema foi abordado na iniciativa “25 de Abril – Construindo o Futuro da Nossa Freguesia”, promovida pelo CRCFC. O evento, inicialmente agendado para 28 de Abril, foi adiado para 19 de Maio devido ao apagão nacional. António Infante, da associação cívica, defende a construção de uma sede condigna fora do reduto 38, libertando espaço neste património histórico, onde já funcionam o Centro Interpretativo das Linhas de Torres (gerido pela Câmara de Vila Franca de Xira), um parque de estacionamento e um parque infantil.
O presidente do clube, Marco Rodrigues, manifestou abertura para a mudança. “Estamos disponíveis para ir para outras instalações com mais capacidade. Existem terrenos no Forte da Casa para isso, e temos projectos que acompanham a realidade actual do clube e o seu crescimento em número de atletas e modalidades”, diz. Contudo, sublinha que essa transição não é possível apenas com os recursos próprios da colectividade.
No passado, a Junta de Freguesia do Forte da Casa defendeu a entrega do pavilhão desportivo da vila ao CRCFC. Rosa Barral, que na altura integrava a junta e actualmente é eleita pelo movimento independente AIPMF, defende que o pavilhão reunia condições para acolher o clube, resolvendo assim o impasse no reduto 38. “A câmara devia apostar na formação nos pequenos clubes, mas o investimento é todo no Futebol Clube de Alverca e no Vilafranquense”, criticou.

Mais cultura e responsabilidade social
A iniciativa abordou ainda o desenvolvimento da freguesia, os apoios às colectividades, a cultura e os eventos comunitários. Os participantes foram unânimes em considerar que a agregação da Póvoa de Santa Iria ao Forte da Casa não beneficiou a vila, contribuindo para que esta funcione como um “satélite” da Póvoa.
Outros temas em destaque incluíram a necessidade urgente de uma ligação à A1 para aliviar o tráfego na Nacional 10, a colocação de lombas e o reforço da iluminação pública. António Infante sublinhou ainda a importância da construção de um auditório de dimensão adequada na união de freguesias para acolher eventos culturais e conferências.
O CRCFC vai continuar a promover reuniões com o movimento associativo da união de freguesias para criar pontes e partilhar recursos. A colectividade mantém também um compromisso com a vertente social e organiza recolhas de roupa e alimentos para os mais carenciados.

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