Cultura | 10-06-2025 18:00

Samora Equestre celebra o ADN que une a cidade ao cavalo lusitano

Samora Equestre celebra o ADN que une a cidade ao cavalo lusitano
Cortejo pelas ruas de Samora Correia foi um dos momentos da iniciativa - foto DR

Na margem do Almansor, o cavalo lusitano e a tradição ribatejana destacaram-se no evento que decorreu, pela primeira vez, na zona ribeirinha de Samora Correia.

O evento Samora Equestre decorreu num novo cenário à beira do rio Almansor e voltou a afirmar alma ribatejana. A sétima edição do certame, organizada pela Junta de Freguesia de Samora Correia entre 30 de Maio e 1 de Junho, voltou a pôr o cavalo lusitano no centro das atenções, celebrando a tradição, a elegância e o labor que moldam a freguesia. “O cavalo puro sangue lusitano é muito forte na freguesia de Samora Correia, envolve muita gente, mas não deixa de ser um nicho. Nós quisemos que o certame fosse também virado para a população e daí todas as actividades colaterais”, explica Augusto Marques, presidente da junta de freguesia.
A ligação da freguesia ao mundo equestre está longe de ser recente. Em declarações a O MIRANTE, Eduardo Oliveira e Sousa, presidente do conselho de administração da Companhia das Lezírias, destaca a dimensão simbólica e prática dessa relação. Samora Correia está no coração do Ribatejo não apenas em termos geográficos, mas também em termos de respeito e cultivo pela tradição e pelas actividades associadas à lezíria e à charneca. Essas duas áreas fazem uma ligação directa ao mundo dos cavalos, dos toiros e, por virtude disso, às actividades tradicionais.
A Companhia das Lezírias continua a ser uma referência na criação de cavalos. No seu coração há cavalos de toureio, de dressage, de equitação de trabalho e é mantida a profissão de campino, sendo uma das poucas casas agrícolas em que se mantém. O campino não é um emblema nostálgico, é uma classe laboral e trabalhadora da instituição.
Duarte Oliveira Vicente, criador de cavalos lusitanos da coudelaria Oliveira Irmãos Herdeiros, sediada em Samora Correia, representa a sexta geração de uma família ligada à arte equestre desde 1895. “A minha vida é o campo. Quando chegou a minha vez, dei continuidade com a perspectiva de fazer crescer esta criação”, referiu.
Para Duarte Vicente, Samora Correia, sua terra natal, tem um peso ímpar na criação de cavalos lusitanos e deverá ser, segundo refere, a freguesia com mais criadores dessa raça. Com a época reprodutiva quase a terminar, os criadores vivem dias de expectativa. “Vivemos com grande ilusão. Temos a oportunidade de ver nascer e crescer os novos produto com que sonhamos durante todo o ano. Os resultados dos cruzamentos que realizamos só se confirmam ao fim de três ou quatro anos, quando os animais vão ser trabalhados e montados”, explica.

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