Cultura | 12-06-2025 10:00

Constância reclama apoios para abrir casa digna da memória de Camões

Constância reclama apoios para abrir casa digna da memória de Camões

Reivindicações não são novas mas são renovadas depois do novo Governo tomar posse e de Constância assinalar a 28.ª edição das Pomonas Camonianas, que visa homenagear o poeta e a sua relação com a vila.

A Câmara de Constância reivindicou apoios do Estado para abrir em Portugal uma casa digna da memória de Camões, espaço que já existe mas sem conteúdos e recursos humanos, sendo objectivo dignificar a história do poeta maior português. “Camões não tem nenhuma Casa no nosso país erguida em sua homenagem mas a verdade é que em Constância já existe. Não existe nos conteúdos e não existe nos recursos humanos necessários para poder funcionar, mas existe. Temos uma Casa Memória construída e a única coisa que falta é dotá-la de recursos financeiros e humanos para poder funcionar de forma permanente”, disse à Lusa o presidente da câmara, Sérgio Oliveira (PS).
Tendo estimado um investimento necessário “entre 1,5 e 2 milhões de euros”, o autarca afirmou que não seria um investimento para a Constância mas para o país. “Obviamente que não será um ponto de atracção em Lisboa, nem no Porto, nem em Coimbra, será numa vila pequenina que fica a uma hora de Lisboa, mas que também é importante para o país e é uma forma de, numa altura em que se fala tanto de dar dinâmica a concelhos mais pequenos e a territórios mais afastados do litoral, este seria um investimento pequenino, tendo em conta a grandiosidade do Orçamento do Estado, mas que traria benefícios bastante significativos para toda esta região”, declarou. “No dia em que o projecto de Camões em Constância esteja completo, ou, melhor dizendo, reafirmado, a afirmação do concelho será muito maior. E o reafirmar deste projecto faz-se com a abertura de forma permanente da Casa Memória de Camões. No dia em que se realize, Constância passará a ser o Centro Nacional e Internacional para o estudo a aprofundamento de Camões”, explicou o autarca.
A Casa Memória de Camões começou a ser pensada e construída há 50 anos, mas até hoje nunca foi aberta ao público e aos turistas, com actividades regulares, a exemplo do que sucede em outros países, com outras figuras históricas, como em Espanha, com a Casa Cervantes, ou em Inglaterra, com a Casa Shakespeare. Sobre as ruínas que o povo aponta como tendo sido as da casa que o acolheu, foi erguida a Casa Memória de Camões para perpetuar a memória do poeta à vila ribatejana. Em Constância, existem ainda o Monumento a Camões do mestre Lagoa Henriques e o Jardim-Horto Camoniano, desenhado pelo arquitecto Gonçalo Ribeiro Telles, que apresenta a maior parte das plantas referidas por Camões na sua obra e é considerado um dos mais vivos e singulares monumentos erguidos no mundo a um poeta.
A denominada ‘Vila Poema’ assinala todos os anos o Dia de Portugal e de Camões com a deposição de uma coroa de flores junto à estátua ali erguida e com uma recriação histórica e um mercado quinhentista, retratando a época em que viveu o poeta e envolvendo a população, a comunidade escolar e as associações do concelho.

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