Encontro Renault 4L na Chamusca é uma referência nacional

A Chamusca voltou a receber pessoas de norte a sul do país no nono Encontro Renault 4L, que todos os anos traz novidades. Este ano, os amantes do clássico puderam conduzir o Renault 4 E-Tech que ainda não foi lançado em Portugal.
Mais de sessenta Renault 4L e cerca de 150 pessoas de todo o país rumaram no último sábado à vila da Chamusca para o nono Encontro Renault 4, organizado pela União das Freguesias Chamusca e Pinheiro Grande. Os participantes foram surpreendidos com dois exemplares do Renault 4 E-Tech, a lançar em Portugal em Setembro, que puderam conduzir. Visitaram a Casa das Memórias dos Bombeiros da Chamusca, assistiram a demonstrações, seguiram para a Igreja Matriz onde ficaram a conhecer toda a história pelo historiador Joel Moedas, almoçaram no restaurante Paragem da Ponte e lancharam na casa do chamusquense Jorge Santos.
Andreia Costa, 47 anos, participou pela primeira vez com o seu grupo de amigos e veio a conduzir desde o Algarve. Tem a 4L há dois anos, mas só no início do ano ficou pronta, dado ter estado parada pelo menos 15 anos a necessitar de ser restaurada ao nível da pintura e mecânica. Designer de interiores, sempre gostou do modelo e adquiriu-a a uma pessoa conhecida que se queria desfazer da viatura. Para Andreia Costa, andar de 4L é “um gozo”, divertido e diferente. Teve aulas de condução e às vezes tem de pôr a marcha atrás com as duas mãos, revela entusiasmada com o encontro. A desvantagem da viatura clássica é gastar mais do que o seu carro do dia-a-dia. Costuma andar sozinha ou com o namorado e quer percorrer a Nacional 2.
Mário André, 68 anos, foi de Alpiarça pela primeira vez, desafiado por amigos, e tem a sua 4L personalizada com o nome da sua editora, Kustom Rats. O enfermeiro desportivo, que esteve ao serviço do Sporting Clube de Portugal e da Selecção Portuguesa de Futebol, reformou-se há sete anos e dedicou-se à banda desenhada desde então, utilizando a 4L para difundir o seu trabalho. Inicialmente utilizava a 4L do filho, mas quando este decidiu vendê-la teve de comprar outra pelo apego que ganhou ao modelo. Batida e com sinais de ferrugem, diz que as mazelas fazem parte da história e nega-se a restaurá-la. O rato desenhado por si alusivo à editora vai suscitando a curiosidade de quem passa e não resiste em perguntar o que é. Recentemente, foi com a neta ao Festival de Banda Desenhada de Beja, numa viagem divertida em que tiveram de beber bastante água devido à falta de ar-condicionado.

